27.9 C
Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Matagal, lixo nas ruas e abandono

- PUBLICIDADE -spot_img

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Ponte sobre o Córrego Piscina, na avenida Adalberto Antônio da Silva, ligando a rua Índio Malagueta: interditada há quase dois anos
Ponte sobre o Córrego Piscina, na avenida Adalberto Antônio da Silva, ligando a rua Índio Malagueta: interditada há quase dois anos

Moradores dos bairros Jardim Morumbi e Maracanã, localizados na região da Vila Mamed, pediram a presença da reportagem do “A TRIBUNA nos Bairros” para tornar público uma série de problemas enfrentados pelos moradores destas localidades.
A principal reclamação diz respeito à restauração ou reconstrução da ponte sobre o Córrego Piscina, mais precisamente a que fica no trecho compreendido entre as ruas Índio Malagueta, na Vila Rosaly, e avenida Adalberto Antônio da Silva, no Jardim Morumbi.
Uma parte do barranco de sustentação da referida ponte ruiu há quase dois anos. Muitas promessas foram feitas e até o momento não foram cumpridas. Essa ponte, na verdade, se constitui num acesso e numa importante via de ligação entre os bairros. Como está praticamente inutilizada e aliada à falta de conservação das vias ali das imediações, os moradores enfrentam transtornos para se movimentarem nesse trecho. Além de não oferecer condições de tráfego de veículos devido ao matagal que se formou ao longo da via e nas cabeceiras da referida ponte, atravessar esse pequeno trecho de pouco mais de 500 metros se tornou uma aventura.
Recentemente, um jovem de 19 anos de idade foi assassinado a tiros justamente na cabeceira desta ponte, no lado do Jardim Morumbi. Como não existe manutenção da limpeza pública, muitos moradores aproveitam para complicar a situação e jogam todo tipo de lixo no matagal existente. E isso vem se tornando um flagelo para os próprios moradores, pois a infestação de mosquitos, incluindo o da dengue, tem incomodado e levado perigo à saúde pública na região.
A moradora Sônia Rodrigues de Jesus, 53 anos de idade, residente na Avenida Adalberto Antônio da Silva, diz que a coisa está feia. “Aqui até morte já teve. Mataram um ali e a gente fica assustada e com medo. Nós já procuramos a prefeitura. Eles vêm aqui, olham tudo, diz que vão fazer uma ponte de cimento, mas até agora nada. Outro problema aqui é esse lixo aí. Eles [prefeitura] não vêm limpar e a situação está desse jeito”.
Outro morador ouvido pela reportagem foi Elineu Duarte Mendes, de 38 anos de idade, residente na Rua  A, no Jardim Morumbi. “Isso aqui está ficando um fim de rua abandonado, junta mato, junta bandido também, sem falar na dificuldade de acesso ao bairro porque a gente tem que dar uma volta muito grande para chegar em casa, quando poderia encurtar caminho se a ponte tivesse condições de passar”, reclama.
A moradora Maria das Graças de Araújo, 51 anos de idade, residente na Rua D, acrescentou que  “essa situação vem se arrastando desde a administração do outro prefeito e aí entrou esse outro agora, o Zé do Pátio. A gente já pediu muito, que eles melhorem a iluminação pública pois é muito perigoso a noite. As crianças têm dificuldade em ir para a escola ali na Vila Mamed. A gente pede, mas ele [prefeito] diz que só vai fazer no ano que vem e assim não dá pra ficar. Isso aqui é um caso de urgência, o bairro está desprezado, o povo está sofrendo com isso. O Zé Carlos do Pátio, antes, andava nas casas da gente visitando. Agora, depois que virou prefeito, nunca mais eu vi ele. E eu falo assim porque eu gosto muito dele, mas só que ele tem que dar uma força pra nós aqui. Eu tenho meu bebezinho e passo na ponte sentada, com medo de cair, porque pelo asfalto é perigoso”, relata a moradora.
PIONEIRA
Amerita Maria de Jesus, de 91 anos de idade e há 26 residindo no bairro, diz que foi a primeira moradora do Jardim Morumbi, tendo construído sua casa nos idos de 1984, num terreno que ela ganhou do  então prefeito Carlos Bezerra. Ela reclama que agora está sofrendo com a ameaça dos caramujos africanos, com os mosquitos, com o mau cheiro exalado pelo lixo acumulado e com a insegurança resultante da falta de assistência do poder público. “A prefeitura precisa arrumar isso aqui logo, nós estamos com medo, esse mato pode trazer doença, pode esconder bandido, já mataram um rapaz aqui… Então, tem que ser feito logo”, cobra a moradora.
MATO NAS RUAS
Os moradores cobram ainda da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER), a limpeza urbana das ruas que estão tomadas por mato, lixo e água servida. Prova disso é a rua Horo Rio Rizz, que está esburacada e tomada pelo mato. O tráfego na área é difícil e os moradores querem uma solução rápida.
A água servida que escorre pela via pública forma poças e se transforma num criadouro em potencial de mosquitos, além de exalar mau cheiro. A dificuldade em trafegar a pé, de carro, moto ou bicicleta é a mesma. A Rua B é outro e exemplo de abandono e falta de conservação. Os buracos e crateras praticamente inviabilizaram o tráfego na via.
OUTRO LADO
A reportagem manteve contato com o secretário Municipal de Infraestrutura, Ronaldo Uramoto, e foi informada que a questão da ponte é mais complicada, dado o tipo de terreno que margeia a mesma. Por isso, num primeiro momento, a solução seria a ampliação da ponte em mais quatro metros ou, uma solução definitiva seria a construção de uma ponte de concreto ou a canalização do córrego. Mas, para isso, a prefeitura não dispõe de recursos suficientes. Dessa forma, uma solução imediata estaria descartada.
PONTE DA MAMED
Quanto a interdição da segunda ponte sobre o Córrego Piscina, localizada na rua Horo Rio Rizz, ligando o Jardim Morumbi e Maracanã à Vila São Paulo e Mamed, esta foi restaurada e o tráfego restabelecido na sexta-feira (5). Essa ponte, como a da rua Índio Malagueta, além de ser uma linha de ônibus, é a principal via de acesso dos moradores da Vila Mamed, onde está localizada a Escola Municipal Gisélio da Nóbrega. Porém, os moradores reclamam de um “jeitinho” que foi dado durante o conserto da referida ponte. Um dos pilares de sustentação que havia quebrado e apresentado problema, não foi substituído e foi efetuada uma emenda, uma espécie de arranjo improvisado, e que segundo os moradores, na próxima enchente deverá apresentar problema e causar nova interdição na ponte, podendo até mesmo causar a sua queda.

- PUBLICIDADE -spot_img
- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »
  1. Mas se andarmos nas avenidas de grande movimento veremos as placas nos terrenos de “notificado”, e os terrenos começando a serem limpos e locais com poucas residencias, ex: Avenida Goiânia. Será que a Prefeitura quer passar mel na boca do povo e dizer que está trabalhando? Acham que somos um monte de idiótas mesmo viu!! Onde moram esses moradores? E os bairros mais carentes? Puro descaso….

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Ministro do STF André Mendonça é eleito para o TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça foi eleito nesta quinta-feira (16) para a vaga de ministro...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img