Enfim, iniciou a gestão da operação do sistema de transporte coletivo de Rondonópolis, pela Autarquia do Transporte Coletivo (AMTC). Como já era esperado, infelizmente, a transição desta gestão da empresa Cidade de Pedra, que estava contratada para executar este serviço, para a AMTC, iniciada ontem (1º), está ocorrendo com muitos transtornos para os usuários e com reflexos negativos sentidos no comércio em geral.
Como noticiado nos últimos dias pelo A TRIBUNA, este início da gestão do sistema pela AMTC, via cooperativa vencedora da licitação realizada pelo município, não dispõe de motoristas suficientes para manter o transporte coletivo em pleno funcionamento em Rondonópolis.
Das 26 linhas existentes hoje, a AMTC anunciou que começou a operar somente nove linhas, o que causou muita indignação dos usuários que foram para os pontos na manhã de ontem, mas não tinham ônibus para fazer o transporte dos passageiros aos seus destinos.
Foi mais um dia de caos para os usuários do transporte coletivo, que já vinham enfrentando uma paralisação dos serviços desde a última segunda-feira (29).
O pior é que não se tem previsão de quando isto terminará, com Rondonópolis passando a ter um transporte de qualidade, como é a promessa feita pela gestão municipal desde a criação da AMTC.
O que gera indignação é que esta situação poderia ter sido evitada, caso a transição desta gestão do serviço fosse feita com planejamento e diálogo com os trabalhadores dispensados pela Cidade de Pedra, a antiga prestadora do serviço de mão de obra, desde quando a Autarquia começou a administrar em julho de 2022.
Deixaram tudo para última hora e o resultado está aí. De um lado, os trabalhadores se negando aderir à cooperativa, pois não foi cumprida a promessa que teria sido feita pelo prefeito Zé Carlos do Pátio de que eles seriam absorvidos sem ter perdas celetistas; do outro lado, os usuários sofrendo com a falta de ônibus para fazer o transporte, principalmente para ir trabalhar.
Com isso, estão tendo de utilizar outros meios para chegar ao trabalho, como táxi, mototáxi e carros de aplicativo, gastando valores que farão falta na renda mensal.
Uma pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apontou que o comércio da cidade está sendo prejudicado por estes transtornos vivenciados no transporte coletivo. O movimento caiu muito, segundo os comerciantes ouvidos.
Diante de toda esta problemática, mais uma vez o A TRIBUNA reforça neste espaço que a população não pode continuar pagando pela má gestão e a falta de planejamento da atual administração municipal.