Com o anúncio do prefeito José Carlos do Pário feito nesta terça-feira (9) de que irá iniciar as obras de infraestrutura básica na área escolhida para abrigar o Centro Político Administrativo (CPA) ao custo de mais de R$ 16 milhões, o questionamento que fica é se o projeto realmente vai se tornar realidade e atender as necessidades de Rondonópolis.
Isso porque as obras foram anunciadas justamente no último ano do mandato de Pátio e engloba apenas obras de drenagem, abertura de ruas e pavimentação, não estando prevista a construção de nenhum prédio para abrigar os órgãos do poder executivo municipal, o que caberá ao próximo gestor da cidade.
Ao mesmo tempo em que se sabe da importância de Rondonópolis contar com um espaço que concentre as repartições públicas municipais, uma vez que hoje o que se tem são vários prédios, muitos alugados e em diversas regiões da cidade, em que os serviços públicos estão distribuídos, o que dificulta, em algumas situações, a vida das pessoas, por outro lado, é preciso que o novo CPA seja estabelecido de forma planejada e como uma política pública do Município e não como uma iniciativa de cunho eleitoreiro.
O temor é que a Prefeitura invista os recursos públicos na infraestrutura da área e o próximo gestor não tenha o interesse, a prioridade ou os recursos necessários, para dar continuidade no projeto, pois para que o CPA se torne realidade dependerá da vontade política e do interesse administrativo do próximo prefeito.
Se quem assumir a Prefeitura de Rondonópolis em 2025 não quiser continuar com o projeto, os mais de R$ 16 milhões que serão investidos na infraestrutura básica terão sido desperdiçados.
O que se espera é que o Município tenha feito os planejamentos adequados para que a criação do CPA esteja definida como um projeto de política pública municipal e que não possa, simplesmente, ser deixado de lado e esquecido. Caso contrário, os investimentos que serão feitos agora serão apenas dinheiro público sendo jogado ralo abaixo.
A verdade é que até agora pouco se sabe do projeto para a implantação do CPA e se a Prefeitura já tem prevista a construção dos prédios públicos do poder executivo no local, bem como reservado os recursos para tal.
A certeza é que essas construções não têm tempo hábil para serem concluídas neste ano e, portanto, investir milhões em infraestrutura básica neste momento não pode deixar de levantar questionamentos e ser uma medida temerária, com possibilidade de ter cunho meramente eleitoreiro.
E o Hospital do Amor de Barretos que seria ou será construído nessa mesma localização, alguém tem informações se de fato sairá ou não essa construção, depois de toda demora do Prefeito para doar a área ? Que inclusive foi doada com MUITO ATRASO para o Estado já que o prefeito não queria doar a área e sim fazer um comodato de 30 anos e o Estado tendo que construir em parceria com a Instituição.