Editorial: “Desrespeito total!…”

O assunto é antigo, mas sempre precisa ser retomado porque o problema simplesmente não é resolvido. As agências bancárias de Rondonópolis e o constante desrespeito aos clientes são um caso sério, diríamos até que crônico. Entra ano e sai ano, e a situação persiste. Lotação, tempo longo de espera e caixas eletrônicos – que poderiam aliviar a vida do cidadão – sem funcionar.

Nos últimos anos, os bancos investiram pesado no digital. São sites, aplicativos e tudo mais, para facilitar cada vez mais a vida do cliente e, de quebra, reduzir seus gastos e aumentar seus lucros. Porém, com a pouca quantidade de agências que a cidade dispõe, não há digital que dê jeito na importantíssima presença de funcionários ou servidores.

Enquanto no interior de São Paulo, por exemplo, cidade com menos de 100 mil habitantes possui duas ou até mais agências da Caixa Econômica Federal, em Rondonópolis, com os seus mais de 200 mil, são apenas duas. O resultado disso são as filas que todos os dias os clientes são obrigados a enfrentar.

Um outro grande problema é que a fiscalização, aparentemente, não está sendo realizada. Em outras gestões, mesmo diante das dificuldades de se enfrentar bancos tão poderosos, o Procon local ao menos autuava as agências, tinha um enfrentamento forte, era mais combativo para com todo esse desrespeito ao direito do consumidor.

Agora, ou as atividades não estão sendo divulgadas, ou simplesmente a fiscalização foi afrouxada. Se não há preocupação dos bancos para manter o mínimo que se espera de um atendimento de qualidade, e se não há preocupação dos órgãos fiscalizadores em cobrar ao menos o mínimo, como fica o cliente?

É importante ressaltar que praticamente todas as agências bancárias da cidade criam as mesmas dificuldades para a população, o problema não é exclusivo da Caixa. Existe lei em Rondonópolis, e é necessário que os fiscalizadores da lei as façam ser cumprida. Procon, Ministério Público, vereadores, prefeito… Todos são parte envolvida e devem agir na defesa da população, quando essa está sendo desrespeitada todos os dias.