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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

É a melhor saída?

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O questionamento do título do editorial de hoje é com relação ao projeto Cota Zero, do Governo do Estado, que propõe a proibição da pesca nos rios do Estado pelo período de três anos, com o objetivo de permitir o repovoamento, obviamente devido a escassez cada vez maior do pescado em várias regiões de Mato Grosso. O projeto já vem sendo debatido em audiências públicas e tem dado o que falar. Em Rondonópolis, será no próximo dia 27.

Só para exemplificar, em uma audiência pública na cidade de Barra do Bugres, onde há um grande número de pescadores que vive e sustenta suas famílias da pesca, o Cota Zero foi criticado por pescadores, empresários e até por estudiosos, que consideram que o projeto ameaçaria a sobrevivência de pescadores e pequenos comerciantes de todo o Estado que vivem basicamente da atividade pesqueira. Estudiosos afirmaram que a pesca amadora não representa nenhuma ameaça à existência dos peixes e que a falta de uma política efetiva de saneamento básico é mais danosa ao estoque de peixes dos rios que a pesca propriamente dita.

Resumindo a história. Há muitas dúvidas com relação à eficácia e à necessidade de se implantar o Cota Zero, havendo inclusive aqueles que suspeitam de haver interesses escusos de grandes empresários por trás da medida, situações essas que precisam ser clareadas para a sociedade em geral antes que os deputados estaduais levem o projeto à votação.

O polêmico assunto será debatido em Rondonópolis no próximo dia 27, em uma audiência pública convocada pela Assembleia Legislativa e será um excelente momento para que toda a sociedade local, pescadores, ambientalistas, empresários, políticos e outras pessoas possam se inteirar melhor dos detalhes do projeto, suas implicações positivas e negativas.

Profissão e prática milenares, a pesca faz parte da história do gênero humano e não se pode, simplesmente, sem argumentos altamente convincentes, proibir que a população retire os peixes dos rios, pois há famílias e cadeias produtivas inteiras que dependem da pesca. Precisamos encontrar mecanismos que garantam a reprodução tranquila dos peixes e permitam o repovoamento dos rios, mas há outros caminhos por onde podemos chegar ao mesmo resultado.

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