Um problema antigo e que afeta, negativamente, milhares de pessoas todos os dias, é a ausência de passarelas para pedestres no perímetro urbano das rodovias federais BR-163 e 364, o que dificulta muito o trânsito de pedestres dos vários bairros que ficam às margens das pistas, além de colocar suas vidas em risco, já tendo provocado vários acidentes, alguns deles resultando em mortes. Sem delongas, é um absurdo uma cidade com mais de 220 mil habitantes, cortada por rodovias federais, não ter sequer uma passarela para pedestres sobre elas.
O que seria o correto é que estas passagens fossem contempladas, como prioridade, no projeto, mas foram ignoradas como se não houvessem pessoas em ambas as margens da estrada que precisam cruzar a pista para trabalhar e resolver seus problemas. E, dessa forma, a questão persiste até hoje, apesar de ser uma obra de engenharia relativamente simples e de valor não tão alto.
O caso vem sendo denunciado pelos moradores e pela imprensa há tempos mas, ainda assim, a situação persiste, enquanto vidas continuam correndo risco naquele trecho. É de saltar aos olhos a indiferença daqueles que têm em mãos o poder para mudar essa realidade. No entanto, ignoram e, quando tocam no assunto, não chamam para si a responsabilidade, exigindo de outros a solução para o problema.
Agora, depois de muitos inconvenientes, acidentes e mortes já se fala na construção de duas passarelas, o que ficará a cargo da concessionária Rota do Oeste, o que, convenhamos, vai ajudar bastante os moradores da região onde vão ser construídas. No entanto, são em número insuficiente e não há sequer uma previsão de quando as obras devem ser iniciadas. Mesmo assim, é um avanço e os moradores dos bairros e da região que vão ser beneficiados pelas passarelas precisam se mobilizar e cobrar que elas de fato sejam construídas. E, ao mesmo tempo, exigir do poder público que construa outras passagens, pois o perímetro urbano cortado pelas rodovias tem vários quilômetros e diversos bairros populosos às suas margens.