Quase todos os grandes eventos de Rondonópolis sofrem atualmente com os problemas de congestionamentos nas vias de acesso. Em grande parte esses transtornos refletem o expressivo crescimento da frota de veículos do município, hoje superior a 170 mil veículos, mas também apontam para um sistema viário e de transportes que não acompanhou essa evolução.
Há tempos temos falado da ausência de vias alternativas que possam desviar o fluxo de veículos da região central de Rondonópolis, mas isso tem sido uma tarefa difícil de resolver, não só pela falta de recursos, mas também pela falta de espaços disponíveis em meio ao desenho da nossa malha viária e da falta de planejamento quando a cidade ainda estava começando.
Na edição de ontem, o Jornal A TRIBUNA retomou uma discussão interessante, falando da necessidade de abertura de uma via alternativa para se ter acesso ao Parque de Exposições, onde se realiza a Exposul, principal feira agropecuária da região, passando atrás do Villlage do Cerrado/Royal Boulevard e da UFMT.
Apesar de essa proposta estar engavetada há anos, sem nenhum posicionamento do poder público, o importante é abrir um amplo debate para ampliar a quantidade de vias na cidade com um papel de coletar o trânsito dos bairros e distribuí-lo para pontos estratégicas, sem necessariamente passar pelo Centro, que está saturado, além de novos projetos de trânsito.
Dentro da região central, temos pontos que podem ser melhorados, como a construção de uma nova ponte sobre a Rua Arnaldo Estevan, para servir como mão contrária à Rua Fernando Correa. Num espaço mais amplo, temos ainda a necessidade de levar a Avenida Goiânia até o Anel Viário. Essas são apenas algumas ideias, mas as possibilidades podem se ampliar com estudos técnicos e equipes capacitadas.
Por que não pensar ainda em novos viadutos e alguma trincheira em pontos centrais? A nossa visão precisa ser futurista. O que não pode é Rondonópolis seguir com a mentalidade de pensar pequeno. Se for assim, teremos um trânsito inviável em um futuro breve…
