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Quem tem a razão?

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O que seria de toda a população da região Sudeste do Estado sem os atendimentos da Santa Casa? Para onde iriam as mães com gravidez de risco? E os inúmeros partos realizados anualmente? As cirurgias eletivas? As cirurgias de peito aberto? As UTIs infantis que salvam crianças… Se a Santa Casa não existisse, como seria a saúde em nossa região? Essa é a reflexão que toda classe política tem que fazer, quando coloca em risco o funcionamento do hospital, brincando com a saúde pública desta forma.

As reclamações sobre os recorrentes atrasos nos repasses dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS) não são de hoje nesse hospital filantrópico, que é contratado pela Prefeitura e pelo Estado de Mato Grosso. Isso, aliado à conhecida tabela do Governo Federal, que está defasada, no mínimo, há dez anos, provocando danos grandes as contas de hospitais em todo o Brasil, e não é diferente na Santa Casa.

É preciso um mínimo de responsabilidade por partes dos gestores públicos, de que não há como um hospital funcionar sem recursos para pagar os trabalhadores, os medicamentos, os insumos, a alimentação dos pacientes e tudo mais. Deveriam, também, ter a decência de não misturar os seus interesses políticos com uma situação tão grave. A politicagem que está acontecendo é algo entristecedor.

Em toda essa história, que resultou no fechamento da UTI Pediátrica e no anúncio de que os procedimentos eletivos serão suspensos, chama a atenção também a total falta de transparência de todas as partes envolvidas. O Estado, que ora nega que deve, ora admite. A Prefeitura, que brinda a população com entrevistas e discursos que parecem fora da realidade. A diretoria da Santa Casa, que se nega a falar com a imprensa, consequentemente com a população, e explicar o que está acontecendo. Além disso, é preciso ressaltar que nenhum dos citados até o momento apresentou números, uma planinha sequer, para apontar para a população qual o real motivo da UTI Pediátrica ser fechada e o hospital estar em uma crise tão grave. Como diz o ditado: “falar, até papagaio fala!”.

O caso é grave e, enquanto eles não se resolvem, quem corre risco é a população. Nunca é demais lembrar que a UTI foi um sonho da comunidade, conquistado com muita luta e que, antes dela, muitos pais perderam seus filhos. Quantos vão precisar chorar para se tratar a saúde da população rondonopolitana e da região como ela merece?

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