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, 19 maio 2024
 
 

Um mal necessário?

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O retorno das chamadas blitzes seletivas, termo negado pelos seus responsáveis, tem novamente gerado questionamentos por parte da sociedade, que não acredita na efetividade das mesmas como forma de combate ao crime, como a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afirma ser. Para a maioria das pessoas, se trata de uma forma encontrada pelo Governo do Estado para forçar o recebimento das taxas devidas pelos condutores de motos e carros, tanto é que somente os carros com documentos irregulares, com auxílio de equipamento específico, são parados para serem checados, daí a origem do termo “blitzes seletivas”, pois só são ‘selecionados’ os veículos com pendências financeiras.
Um fator que corrobora a versão popular é o fato de que, na última vez em que foram realizadas na cidade, no final do ano passado, as ditas blitzes seletivas apreenderam centenas de veículos irregulares, mas não prenderam nenhum bandido procurado pela Justiça e nenhuma arma de fogo que pudesse ser usada no cometimento de crimes foi tirada de circulação.
Longe de nós defender que os veículos transitem estando com sua documentação irregular, muito pelo contrário! Mas os objetivos reais da operação poderiam ser melhor esclarecidos para a população, que certamente não se oporia a uma fiscalização levada a cabo pelo Detran e pela Secretaria de Fazenda (Sefaz), claro, com o apoio da Polícia Militar, que cobrasse os motoristas e motociclistas com os documentos de seus veículos vencidos, obrigando-os a regularizar o pagamento das taxas.
Situações como a falta de uma estrutura adequada para ao atendimento ao público no Detran, onde as pessoas são obrigadas a ficar por muito tempo em filas, e as dificuldades enfrentadas por outras para pagarem dívidas anteriores ao ano de 2018 e que tiveram seus nomes inscritos na Dívida Ativa do Estado, também são situações que tem irritado a população.
Ao invés de dar o exemplo, enxugando a máquina, combatendo a corrupção, que campeia solta em órgãos arrecadadores como o Detran, e oferecendo melhores condições de o cidadão honrar com seus compromissos, o Governo do Estado escolhe a via mais fácil e penaliza mais uma vez a população.
A situação tem gerado críticas, principalmente pelas redes sociais, o que pode resultar em sérios prejuízos políticos para o governador Pedro Taques (PSDB), que ensaia sair à reeleição este ano. Certamente quem teve seu veículo apreendido ou tem passado dificuldades para quitar suas dívidas com o Estado se lembrará disso nas urnas.

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