Esquecidos

Tradicional núcleo rural de Rondonópolis, o Projeto de Assentamento Rio Vermelho, conhecido como Gleba Rio Vermelho, vem convivendo frequentemente com inúmeras deficiências. Ao longo dos anos, o Jornal A TRIBUNA tem mostrado especialmente o clamor dos moradores da localidade pela regularização fundiária.
A falta de títulos de posse gera a insegurança jurídica de não serem donos oficialmente das propriedades em que vivem. Das 314 propriedades, apenas 33 possuem títulos em cartório. Conforme mostrado novamente ontem pelo A TRIBUNA, a falta do título faz com que as famílias não tenham condições de investir nas propriedades, na infraestrutura, porque não há como conseguir empréstimos bancários.
Voltamos a mostrar a situação dessa comunidade rural diante da necessidade das autoridades políticas darem uma atenção para tentar regularizar de vez o problema fundiário dessas propriedades. As promessas precisam ser deixadas de lado e um projeto sério precisa ser defendido por nossos parlamentares junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a localidade.
Com a regularização, certamente essa comunidade terá condições de crescer em produção e renda, diante dos projetos de financiamento a que terão direito. É por isso que pedimos que o Incra possa dar a atenção devida e agilizar os trâmites burocráticos para entrega de novos títulos aos moradores o mais breve possível. Para isso, a cobrança dos nossos representantes políticos é crucial.
Além disso, convém pedir para a Prefeitura de Rondonópolis um cuidado maior com essa região da cidade, que abriga uma população estimada de cerca de 3 mil pessoas. Isso porque há muitos anos essa região sofre com as más condições das estradas de acesso às propriedades, com constantes reclamações de inanição por parte da municipalidade na reparação das vias. O próprio Jornal A TRIBUNA mostrou neste ano que os moradores da Gleba Rio Vermelho tiveram que fazer reparos nas cabeceiras de uma ponte por conta própria.
Chegou a hora da nossa classe política procurar valorizar um pouco essa comunidade que há tanto tempo faz parte da nossa história, começando pela solução do problema fundiário e atendimento das principais demandas da sua gente!