Despertar da sociedade

Há tempos que temos falado neste espaço da ausência da participação efetiva da sociedade rondonopolitana (e brasileira) na vigilância e cobrança dos problemas que a cercam no dia a dia. Ao longo do tempo, a maioria acostumou a lamentar da situação e dos problemas – ainda mais agora com as redes sociais – e não fazer mais nada, não participar de ações e iniciativas que realmente possam mudar a realidade.
Vimos isso, por exemplo, com o Comitê Pró-Rodovias, no qual apenas um pequeno grupo de pessoas se mobilizou em prol da duplicação da BR-364/163 entre Rondonópolis e Cuiabá, participando de audiências, reuniões com políticos, fazendo mobilizações… Contudo, na hora de lamentar as mortes, os buracos e a falta da trafegabilidade na rodovia, nunca faltou gente para fazer isso, seja no convívio social ou nos grupos virtuais.
Interessante que, agora, temos visto mais pessoas da sociedade de Rondonópolis se mobilizando efetivamente para mudar a realidade que vivemos, não ficando apenas na lamentação. Estamos vendo isso na intensificação e no fortalecimento do Grupo de Mulheres em Prol de Rondonópolis, que está cada dia mais ativo e participando realmente da vida da cidade, protestando e cobrando melhorias para problemas diversos.
Somente nas últimas semanas, vimos a mobilização do Grupo de Mulheres contra os buracos que se espalharam pela cidade, pedindo intervenções no Aeroporto Municipal para vistoria da ANAC e, mais recentemente, contra as erosões que ameaçam a Avenida dos Estudantes. Além delas, outra iniciativa, também formada por mulheres, esteve nesta quinta-feira (15) em um protesto na frente da Santa Casa, alertando para a falta de pagamento de médicos da maternidade.
Realmente, democracia se faz através da participação efetiva de todos, com mão na massa! É fácil reclamar da corrupção, dos problemas que inundam nossa cidade, Estado e País, mas é preciso fazer a diferença, não ficar apenas esperando o que não é cumprido, mas fazer barulho e mostrar para o poder público quem realmente manda no processo! Caso contrário, com o silêncio dos bons, o mau vai continuar se perpetuando…