Estamos passando por um período muito difícil no que diz respeito à saúde pública do Estado. Os repasses vivem em contínuo atraso, os hospitais tem dívidas, os pacientes padecem. Os hospitais filantrópicos, principalmente, estão à beira de um colapso, com dívidas enormes com fornecedores e funcionários. Um buraco sem fundo, sem uma solução imediata à vista. Embora na cabeça de qualquer pessoa o investimento em saúde é uma prioridade, na atual gestão estadual, aparentemente, outros setores ganham mais destaque.
O Governo Federal não se move para corrigir as falhas do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem uma tabela totalmente defasada, deixando quase metade do valor dos procedimentos a descoberto. Com isso, o reflexo é sentido pelos estados e pelos municípios. Diariamente somos bombardeados com reportagens sobre o caos do sistema de saúde pública em Mato Grosso. Nos últimos dias, o drama vivido pelas famílias de pacientes que tiveram o serviço home care cortado foi alvo das nossas reportagens. O mais triste é que nenhuma dessas reportagens se apresenta como novidade para nós, que nos acostumamos a receber as informações sobre as falhas do nosso Estado para com o povo matogrossense.
Os brasileiros não têm planos de saúde, os poucos que possuem, estão insatisfeitos com o atendimento. É comum ver esses clientes das operadoras, inclusive, buscando atendimento na rede pública. Como última alternativa ao cidadão, para obtenção do direito constitucional à saúde, a judicialização tornou-se necessária para evitar o descaso total. Agora, nem mesmo isso está adiantando. Não adianta o Ministério Público ou a Defensoria Pública ajuizarem ações, porque os bloqueios de conta do Estado simplesmente não estão sendo feitos mais pela Justiça. Resumindo, para bom entendedor, o povo foi abandonado por todos os Poderes, todos! Não há mais a quem recorrer.
Infelizmente a situação dos pacientes que perderam o home care não será solucionada pelo Governo do Estado, que está fingindo que nada está acontecendo. Restou para as famílias ficarem para sempre em hospitais, ou então levar o paciente para casa sem condições de cuidar do mesmo, já que são casos que necessitam de atendimento especializado. A única alternativa é se apegar, para quem tem fé, rezar e torcer para que a saúde desses pacientes suporte esse duro golpe promovido pelo “Estado de Transformação”.
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