Apertem os cintos

O Palácio do Planalto fez anteontem (23) a confirmação oficial de que o aeroporto Maestro Marinho Franco, de Rondonópolis, será privatizado. A especulação sobre o fato já era feita há alguns meses, e desde o início da semana, com a confirmação da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT), restava apenas a confirmação por parte do Governo Federal. Além do aeroporto de Rondonópolis, outros quatro de Mato Grosso também serão entregues a iniciativa privada, incluindo o Marechal Rondon, em Várzea Grande/Cuiabá.
A privatização é um tiro no escuro, e saber o que vai acontecer com o Marinho Franco é uma incógnita. O aeroporto tem sido, nos últimos anos, destaque em diversas reportagens, especialmente de forma negativa. Foram inúmeras reclamações, que vão desde falta de cadeiras até riscos para pouso por falta de aparelhos. Os problemas foram resolvidos em parte, sempre motivados pela forte cobrança da sociedade, e outros persistem até hoje. A obra de ampliação teve problemas, e o Estado ainda não retomou.
Na história das privatizações no Brasil, muita coisa deu certo e muita coisa não vingou. Hoje, por exemplo, o acesso ao telefone é o mais democrático possível. Todo mundo praticamente tem celular, a grande maioria com serviços de dados, mas em compensação, as operadoras de telefonia estão sempre no topo das reclamações dos consumidores.
O mesmo podemos pensar com relação ao aeroporto local. Será que os investimentos que ele precisa serão feitos? Ou será que ele acabará defasado devido aos investimentos que devem acontecer no aeroporto de Várzea Grande? Será que teremos a possibilidade de mais voos, conexões passando por aqui? Ou ele acabará inútil devido a proximidade com a Capital? Tudo isso ainda é mistério. O Governo Federal não anunciou quando o leilão dos aeroportos será feito, nem muito menos prazos. O que se sabe, é que o Marinho Franco irá para a iniciativa privada. Mas a esperança da sociedade rondonopolitana é que, através da privatização, poderemos finalmente ter um aeroporto à altura, com voos regulares para diversos lugares do Brasil, o que não foi possível até agora. Em todo o caso, vamos continuar em alertas e… apertem os cintos!