Dilema na Zona Azul

Passados mais de dois anos e meio, o estacionamento rotativo pago na região central de Rondonópolis, o popular “Rotativo Rondon”, ainda não conseguiu emplacar. Apesar de ser uma necessidade para organizar o estacionamento nessa área da cidade, o sistema ainda sofre grande rejeição, especialmente pela classe trabalhadora.
Nesse período, tivemos em 2015 um momento de grande queda de braço entre o ex-prefeito Percival Muniz e a empresa que administra o Rotativo Rondon, resultando na suspensão do sistema por um período. Após muito embate, algumas áreas centrais foram liberadas para o estacionamento de veículos, como em trecho da Rua 13 de Maio, sem cobrança de taxas.
Hoje a situação do Rotativo Rondon, segundo a empresa não é das melhores, com baixa taxa de ocupação (30%). Não por menos, nesse período, tivemos uma redução drástica no número de monitores trabalhando no estacionamento rotativo. Muitas quadras atualmente estão sem nenhum monitor para verificar o pagamento ou não do estacionamento.
O resultado é que, conforme noticiado pelo Jornal A TRIBUNA, a empresa que detém o contrato de concessão do serviço de estacionamento pago quer discutir com a Prefeitura a possibilidade de uma subconcessão ou transferência do contrato para outra empresa. Mas para isso todo um estudo de redirecionamento teria que ser feito. Pelo jeito, esse assunto ainda dar muito o que falar nos próximos meses no nosso município.
Realmente será um grande desafio fazer o Rotativo Rondon funcionar adequadamente, com a aceitação e uso frequente de grande parte da população local. Entendemos que muitas readequações precisam ser feitas, entre elas o antigo anseio por valores mais baixos para a hora estacionada, como também sem sentido o limite de horas, que se tornou apenas uma indústria de multas.
Quem sabe se com taxas menores a população não passaria a fazer maior uso do estacionamento pago nas vias públicas? Com isso, seria até possível pensar em eliminar os pontos de gratuidade ou fuga, como na Rua 13 de Maio e na área da antiga rodoviária, que tiram grande número de clientes do sistema.
Por outro lado, os comerciantes entendem que, para melhor organização do trânsito e para evitar pessoas que ficam ocupando a mesma vaga durante o dia todo, é essencial a existência do Rotativo Rondon. O certo é que o debate sobre o estacionamento rotativo pago na região central terá de ser reaberto.
Esperamos que o desfecho seja o melhor para o desenvolvimento de Rondonópolis!