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Corrupção institucionalizada

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O procurador da República do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, Deltan Dallagnol, que é o coordenador da operação Lava Jato, voltou a defender publicamente a operação na última semana. Um trecho em especial de sua fala chamou a atenção, foi quando Deltan lembra que não é preciso apenas “retirar as maçãs podres do cesto”, mas modificar a forma de se fazer política e acabar com a impunidade, que, na visão dele, motiva empresários e agentes públicos a apostarem nos crimes de corrupção.
A Lava Jato não descobriu a corrupção no Brasil e tampouco será responsável pelo fim dela. Vivemos em um País cuja corrupção é sistêmica e institucionalizada, e podemos até dizer que esse malfeito já foi até naturalizado por aqui. Quando se ouve um chamamento para não desistir de lutar contra a corrupção e sobre a necessidade de acabar com a impunidade, se passa tanta coisa pela cabeça do brasileiro! Neste momento em especial, alguém está absolutamente certo da idoneidade das instituições?
Temos um presidente denunciado por corrupção, temos um senador pego em gravações absurdamente comprometedoras e que não só se livrou da prisão, como conseguiu o direito de reassumir seu cargo. Temos a mais alta corte do País com seus ministros promovendo verdadeiros deboches com a cara do cidadão, temos deputados e senadores que nem se intimidam mais em participar de atos e tramoias. Tudo é público e escancarado.
Um homem com uma mala de dinheiro proveniente de corrupção não fica atrás das grades, sendo assim, como acreditar em mudanças? Como acreditar que um dia a impunidade deixará de reinar no Brasil? Sempre terá aquele para dizer que nunca antes empresários e políticos foram presos como acontece na Lava Jato. É o suficiente? Porque tratamos de forma diferente o ladrão de galinha do ladrão de dinheiro público?
Devemos mesmo lutar pela continuidade da Lava Jato, devemos mesmo lutar por leis que promovam a punição real dos criminosos do colarinho branco. Porém, é preciso estar atentos. Não raro, com a boa intenção (a mesma que enche o inferno) de “combater a corrupção”, escutamos discursos em defesa de leis e de tantas coisas que prometem ser a solução para o que vivemos, mas que não passam de discursos inflamatórios.
Pode-se dizer que a maioria dos brasileiros no momento não acredita em políticos, em política, nos governantes e nem mesmo na Justiça. Portanto, é preciso que mais gente se una ao coordenador da Lava Jato nesse bandeira, é preciso que o povo tome parte disso, até porque sozinho ninguém consegue nada.
Agora, poderá acontecer a modificação do nosso sistema sem uma ampla e profunda reforma política? Esse deve ser o primeiro passo para a mudança desejada, e é o passo em que menos se escuta falar.

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