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Rondonópolis
, 20 maio 2024
 
 

Ranking negativo

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Embora os dados divulgados sejam defasados, já que estamos em junho de 2017 e eles correspondem ao ano de 2015, os números apresentados pelo Atlas da Violência são sempre preocupantes. Mais uma vez, Rondonópolis aparece bem posicionada, mas de forma negativa. Somos, entre as mais de 300 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, a 85º mais violenta pela proporcionalidade (número de mortes violentas a cada 100 mil habitantes). Um outro fato preocupante, é o de que uma parte da população, apesar de saber que a violência está presente em nosso cotidiano, sequer tem noção de que a cidade tem índices tão altos.
O poder público, de forma geral,  tem se mostrado incapaz de enfrentar a violência. Quanto a nós, assistimos a cenas de agressividade a todo momento, todos os dias, nos mais variados lugares, e ficamos perplexos com a extensão do problema e mais ainda com a constatação de que não sabemos como sair dele.
Os levantamentos de opinião pública são unânimes: a violência é uma das maiores preocupações da sociedade brasileira. Como chegamos até aqui? Existem inúmeras maneiras de explicar a violência, como o abismo entre ricos e pobres, a miséria, o desemprego, a falta de oportunidades para os jovens, as deficiências do sistema educacional, as fortes aspirações de consumo, falta de habitação, de saúde, a família desestruturada… Isso e muito mais levam à calamidade social que vivemos. Ainda, não podemos nos esquecer daqueles que têm a predisposição para o mal, gente que mesmo se tivesse todas as oportunidades do mundo, ainda assim optaria pelo crime.
A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão, a melhoria de vida do brasileiro. Requer, principalmente, uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções.
Em Rondonópolis, temos graves problemas envolvendo a circulação de armas, o tráfico de drogas, a ação de facções criminosas, as disputas de espaço entre elas, dentre outros. Temos polícia e estrutura insuficientes para nossa demanda, assim como somos afetados diretamente pelas falhas de segurança nas fronteiras, nas estradas, nos estados, sendo a cidade um corredor importante não apenas dos grãos, mas também de tudo que não presta.
Precisamos, além de tratar o mal da violência pela raiz, assim como precisa ser feito em todo o Brasil, que o Estado ampare melhor os cidadãos rondonopolitanos. Já tivemos uma redução significativa no número de mortes violentas na cidade nos últimos anos, mas ainda estamos muito longe de ser um local tranquilo.

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