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Rondonópolis
 
 

Ainda faltam concursados

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Após meses de muita confusão e disputa judicial, a Prefeitura de Rondonópolis fez aquilo que já deveria ter feito há um bom tempo: convocou os aprovados no concurso público realizado em 2016. Todos sabem, passar em concurso não é coisa que se faça da noite para o dia, em alguns casos, as pessoas se dedicam tanto que não fazem outra coisa da vida a não ser estudar, até por anos. Quem passa, passa por capacidade e mérito, e são bem raros os casos em que fraudes possam ocorrer, geralmente em prefeituras de cidades pequenas. Em Rondonópolis, o concurso realizado pela UFMT não apresentou contestação, podendo crer então que os aprovados são pessoas que são capacitadas para ocuparem suas vagas. Bom para o serviço público, pois não há nada pior que servidor que não sabe sequer as suas competências no âmbito de trabalho.
Passado o embate e o momento de lucidez da gestão que resolveu fazer o certo, obedecer a lei e respeitar a decisão judicial sem recorrer, muitos outros questionamentos podem ser levantados. Temos agora, com os já chamados e os 266 novos convocados, um total 347 novos servidores públicos no Município. Parece muito, mas se levarmos em conta o número de funcionários contratados, o de servidores convocados é até irrisório. No caso da saúde, por exemplo, estima-se que na gestão passada mais de 1.000 pessoas trabalhavam por meio de contrato. Na atual, não se sabe com clareza, mas também são muitas. Pessoas foram contratadas por meio de consórcio e cooperativa, elas ficam juntamente com os novos servidores? O caixa do Município, que era a maior preocupação da gestão quando insistia em não chamar os concursados, vai aguentar todo mundo? Seria interessante que a Prefeitura fosse mais clara com relação a essas questões. Em dúvida ainda está também o fato de que existe um cadastro reserva com mais de 1.000 pessoas. Pode um enfermeiro ser contratado enquanto um enfermeiro está na lista de espera de um concurso vigente?
Os impasses na administração tem sempre como causa a tentativa de não ferir os acordos políticos. O loteamento de vagas é apenas um dos problemas da administração pública. Se A ganha uma prefeitura, loteiam-se os cargos em comissão para os filiados e amigos do A. Quando B ganha na eleição seguinte, mudam-se os lotes: os mesmos cargos são redistribuídos. Quando o C ganha depois… E assim vai. Os cargos em comissão já existem para que os escolhidos, tecnicamente ou pela “camaradagem”, possam ocupar. As contratações acabam ficando em uma linha muito tênue, entre a necessidade e o cabide de emprego. Pelo justo, concurso público, ou corremos o risco de ficar do lado errado da linha.

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