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Demora para atendimento com especialistas, UPA lotada, médicos insatisfeitos, pacientes irritados. A engrenagem da saúde pública de Rondonópolis, com gasto de aproximadamente 30% do orçamento do Município, conforme sempre declarou a gestão anterior, gira de forma precária. A prova disso está nos números: 38 mil pessoas à espera de consulta com médico especialista e 19 mil pessoas à espera de exames. A falta de especialistas, além de não dar resolutividade aos problemas dos pacientes, atinge diretamente outros setores que já são críticos, como a emergência. O atraso de exames pode piorar o estado de saúde dos pacientes, ou ele pode nem estar mais vivo quando a data do exame chegar.
Uma pesquisa recente feita pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), apontando qual a percepção da população do País sobre os serviços de saúde, mostrou que os maiores problemas do SUS, na visão dos usuários (os mais afetados), são a demora para atendimento com especialistas, demora para ser atendido nas unidades de saúde e a falta de médicos. Em Rondonópolis, não está bem claro qual é a origem do problema. Se a demanda é alta demais, se a cidade atende muitos pacientes de outras cidades ou se temos poucos médicos. No caso dos exames, não está bem claro também porque 19 mil pessoas aguardam para exames de raio-X e ultrassonografia, considerados simples. A cidade não dá conta de atender tanta gente? Os equipamentos estão quebrados, ou estiveram durante algum período? Quando se trata de assumir falhas, os gestores públicos não são encontrados com a mesma facilidade como para divulgar coisas positivas.
Mais do que procurar culpados, é momento de corrigir falhas. Aproveitar um início de gestão, com novas pessoas no serviço público e encontrar maneiras de diminuir as filas existentes na saúde municipal. É preciso desafogar o sistema, e os mutirões e força-tarefa podem ser de grande ajuda neste primeiro momento. Um bom exemplo que pode ser seguido é o mutirão da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em parceria com a Associação de Pacientes Oncológicos (APOR) e o próprio Município, que anualmente tem atendido muitas pessoas, promovendo o diagnóstico precoce.
Se o atendimento no PSF funciona, se a consulta com o especialista acontece, se o exame é realizado e o paciente tem tratamento antes da doença aparecer ou então se tornar mais grave, com certeza, os leitos de hospitais teriam uma situação um pouco diferente. Ninguém está dizendo que é fácil, o setor da saúde é o mais complexo de uma administração, mas, com vontade de trabalhar, iniciativa e inteligência, é possível amenizar o sofrimento da população.

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  1. Conseguir uma consulta ou retorno com cardiologista, no caso junto ao centro de Saúde Cohab Rio Vermelho a espera é de vários meses. Normalmente quando é retorno os exames estão vencidos há meses. As informações são de que isso é no geral. Faltam cardiologistas, isso para citar apenas uma especialidade.

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