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Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

UTIs instaladas e equipadas. E agora?

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O problema é grave e antigo. Uma cidade do porte de Rondonópolis, que é referência regional de saúde, não oferece leito de UTI pediátrica. Se uma criança fica doente a ponto de necessitar da unidade intensiva, ela precisará ser transferida para outras cidades do Estado, isso, se houver vagas. A situação parece mais surreal quando se sabe que a cidade tem as UTIs instaladas e equipadas na Santa Casa de Rondonópolis, mas que sem um contrato para o custeamento das diárias dos pacientes, não podem funcionar. É mais triste lembrar ainda que, mesmo após mortes de crianças, esses leitos de UTI só foram conseguidos por intervenção judicial, já que as contas do Estado foram bloqueadas, na gestão anterior, a pedido do Ministério Público de Mato Grosso.
A data de início de atendimento já estava agendada: 18 de julho. Mas a direção da Santa Casa e Governo de Mato Grosso não entraram em acordo com referência ao custeamento de 6 leitos de unidades de cuidado intermediário convencional e 6 cangurus, o que inviabiliza, de acordo com a Santa Casa, o funcionamento dos 8 leitos de UTI pediátrica e 6 novos leitos de UTI neonatal.
A unidade de saúde buscava equilibrar os custos com os valores e fazer com que todo o conjunto, unidades intensivas, convencionais e cangurus funcionassem. O Estado, mesmo firmando compromisso e garantindo a contratualização com a Santa Casa, recuou na hora de assinar, alegando não dispor de orçamento. Com isso, os leitos novinhos e que são de extrema importância para a região, continuam parados.
É preciso um esforço maior das autoridades para que os valores sejam acertados e os atendimentos comecem a ser feitos. Houve uma pequena melhora no caos deixado pela gestão anterior na saúde, é fato, mas não podemos ficar olhando para trás, é preciso arregaçar as mangas e enfrentar os leões. Nada pode ser mais importante do que garantir saúde para a população.
O lado mais desumano e perverso dentro do caos que assola a saúde pública está na falta de leitos de UTI, onde pacientes entubados em ventiladores improvisados morrem de causas evitáveis. Por mais que os médicos e toda a equipe multiprofissional se dediquem a salvá-los, esses pacientes não estão onde deveriam estar. A gama instrumental de uma UTI, aliada à capacidade da equipe que atua nela, permite que muitas pessoas sejam salvas.
É preciso que o Estado faça mais, que resolva a situação. É preciso que a classe política faça mais, e não use apenas o caos da falta de UTIs para promoção. A população de toda a região não pode mais esperar. A torcida fica para que as partes, Santa Casa e Estado, se acertem e o caso não entre novamente em uma disputa judicial, porque é a sociedade quem perde. O problema é enorme e não se resolverá sozinho, é preciso mais que ação, é preciso que chegue a “transformação”.

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