Para onde quer que olhamos, a corrupção tem mostrado as suas garras nas diferentes esferas de poder em nosso País. Se não bastasse as sucessivas denúncias de desvio de recursos públicos ou corrupção envolvendo empresas, órgãos ou representantes do poder público federal, nosso estado de Mato Grosso tem sido um triste exemplo onde essas notícias também não param de aflorar.
Conforme noticiado nesta semana, desta vez mais uma operação policial foi deflagrada com pedidos de prisão em Mato Grosso, incluindo novos pedidos contra o ex-governador do Estado, Silval Barbosa, e o ex-chefe da Casa Civil Pedro Jamil Nadaf, ambos já presos, agora envolvendo denúncias de venda irregular de área pública.
Mais esse episódio aponta o quanto as nossas instituições, principalmente políticas, estão corrompidas. Aliás, diga-se de passagem, nunca na história desse País vivenciamos uma sociedade com valores tão invertidos, tão confusos e fragilizados. Na verdade, estamos passando, de maneira geral, por uma crise moral, ética e de princípios, em que vale o consumismo, a aparência e a ostentação.
É claro que não podemos generalizar. Seja na política ou, principalmente, na sociedade temos exceções, famílias e pessoas que ainda acreditam na força do trabalho, de crescer com princípios, sem prejudicar o próximo, de buscar fazer algo de útil para a sociedade, nem que seja fazendo um simples gesto.
Diante de tantos maus exemplos de corrupção e coisas erradas, o mínimo que as pessoas de bem esperam é a garantia de que nem tudo está perdido, que temos instituições, pessoas e profissionais que zelam pelo bom andamento da coisa pública, da prática da justiça e que lutam contra a impunidade. Nesse contexto, uma grande necessidade que faz premente é que esses valores desviados sejam devolvidos integralmente, para utilização em favor da coletividade e como deveria ser.
As notícias do mundo atual são tristes e preocupantes, mas torcemos para que surjam nesse meio pessoas e profissionais que pensam diferente, fazem a diferença de fato e querem mudar essa realidade, seja na política, no judiciário ou na sociedade. Somente assim não vamos parar no fundo do poço…
