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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

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A questão da violência assola a vida do cidadão brasileiro. Somente entendendo e combatendo este problema que será possível garantir entre outros benefícios, a integridade física e moral da população. Mas, como combater esse problema? Medidas rápidas ou ir fundo na raiz da violência? Qual é o verdadeiro problema? Como ele surge?
Na edição do domingo (18), o jornal A TRIBUNA destacou em uma reportagem o título bastante preocupante que Rondonópolis recebeu do Ministério da Justiça: 3ª cidade com a maior taxa de homicídios do Centro-Oeste. Entretanto, quando se fala no problema da violência, as soluções pedidas para amenizar essas estatísticas são sempre as mesmas: mais policiamento, mais repressão, leis mais severas, “bandido bom é bandido morto”…
É claro que toda pessoa que infringe a lei tem que responder pelos seus atos, mas, é preciso que a sociedade comece a enxergar e entender também que a necessidade por melhorias na segurança pública vai muito além da palavra segurança, a violência também é gerada por outras questões, como a desigualdade social. Acessos à educação de qualidade, ao lazer, esporte, cultura, qualificação profissional, saúde… Eles não são necessários? Uma criança que recebe todas as oportunidades não tem mais chances de se desenvolver socialmente do que uma criança que cresce sem amparo e às margens da criminalidade?
O professor do Departamento de História do Campus da UMFT em Rondonópolis, Plínio José Feix, doutor em Ciência Política, recentemente em um artigo publicado pelo jornal A TRIBUNA, lembrou, entre várias questões pertinentes, que não basta ver apenas o criminoso ao analisar a violência. “É preciso ir mais além, atacar as causas fundamentais que produzem ou estimulam o surgimento das pessoas que estão à margem da sociedade. É necessário direcionar o olhar para as transformações profundas da nossa sociedade. Trata-se de uma solução a médio e longo prazos, não limitado ao momento presente, mas que solucionaria em definitivo o problema”.
Infelizmente, temos usado ferramentas e conceitos errados na hora de entender o que é causa e o que é consequência. A violência que mata e que destrói está muito mais para sintoma social do que para doença. Em geral, a violência não tem um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma motivação que tenta consertar o que o diálogo e as oportunidades não foram capazes de solucionar, no início de tudo, alguma coisa já estava errada. E essa “coisa errada” é a real causa que precisa ser combatida. E é a demora em se iniciar esse combate, esse cuidado com a raiz, que nos faz temer o futuro das nossas “plantas”.

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