E a solução?

Não é segredo para ninguém, mas é motivo de revolta pra qualquer um saber que o acesso à saúde em uma cidade de tamanha importância como Rondonópolis continua deixando a desejar. Recentemente, o vereador Mauro Campos trouxe à tona a informação de que pacientes chegam a passar mais de 100 dias internados no Hospital Regional esperando por uma cirurgia de alta complexidade, isto porque o hospital não as realiza, e quem precisa tem que esperar por uma vaga em Cuiabá.
Conforme noticiado pelo jornal A TRIBUNA, uma comissão de vereadores deve fazer uma visita ao HR para verificar como andam as coisas por lá, principalmente quando o assunto é alta complexidade.
O que todo mundo quer saber é: o que impede o hospital de oferecer à população serviços de alta complexidade? Muitas situações devem ser esclarecidas. Temos estrutura? Não temos? O que falta? São questões que devem ser levantadas pelos nossos vereadores e esclarecidas.
Visitar é importante, mas só visitar não é o que a sociedade espera. E a solução? E os resultados? E as melhorias para a população que precisa dos serviços? Cabe aos nobres vereadores, além de verificar o problema, buscar solução para ele. Se for só pra olhar, não precisa nem gastar o precioso tempo. Olhar, todo mundo olha!
O secretário estadual de Saúde, Eduardo Luiz Conceição Bermudez, sinalizou que vai iniciar o processo para habilitação de alta complexidade, em um primeiro momento, na área de ortopedia do Hospital Regional de Rondonópolis. É um setor que realmente precisa dessa atenção, diariamente pessoas dão entrada no hospital com traumas e muitas delas ficam meses à espera de cirurgia, quando essa se faz necessária. É um bom começo? Certamente! Mas ainda é muito pouco perto do que a população precisa e merece.
É também um bom momento para a classe política desenvolver atividades para melhorar o acesso à saúde para a população. Por isso, caros vereadores, a sociedade espera que essa visita seja o início de uma nova visão sobre a saúde em nossa cidade, mais rápida, mais eficiente e principalmente mais humana.