Desperdício de dinheiro

É impressionante como os recursos públicos são mal utilizados e desperdiçados em nosso País! Ontem o Jornal A TRIBUNA noticiou mais um exemplo de descaso com o dinheiro público em âmbito de Rondonópolis, por meio do projeto de um autódromo profissional na cidade.
Idealizado na década passada, o projeto ousado estava orçado em cerca de R$ 15 milhões, sendo anunciado como um fomentador do esporte e turismo local. Uma maquete imponente chegou a ser construída e exposta…
Passado o tempo, vemos que foi tudo em vão. O impressionante é que foram liberados cerca de R$ 757 mil na época inerentes à 1ª etapa do projeto e, hoje, não resta nenhuma benfeitoria no local, conforme mostrado ontem na reportagem.
O projeto obteve a liberação dos recursos apenas da 1ª etapa e não conseguiu a viabilização dos recursos necessários para as etapas seguintes. Inclusive, o Jornal A TRIBUNA tem registros da execução dos serviços da 1ª etapa do projeto já em sua fase de finalização.
Diante do caso, seria pertinente que o Ministério Público fosse provocado para apurar melhor a situação envolvendo o autódromo de Rondonópolis e como o dinheiro da primeira etapa foi empregado. Até agora tudo indica que os recursos foram usados em serviços que se perderam em meio à ação do tempo, mas a vigilância social é vital.
Isso também mostra o perigo que representa a execução de projetos faraônicos em âmbito municipal, que dependem de liberação de recursos em novas etapas e, principalmente, do interesse de outras gestões políticas.
Falando nisso, outro exemplo que inspira muito cuidado é o Parque da Seriema, idealizado pelo prefeito Percival Muniz, que depende de viabilização de recursos em novas etapas e, principalmente, do engajamento do próximo prefeito eleito.
Não podemos deixar de considerar que o projeto do Parque da Seriema, apesar de interessante para o lazer da cidade, demanda uma quantia vultosa de recursos e, certamente, não há condições de ser executado em menos de 3 anos, na sua totalidade.
Chega de ficar acreditando em projetos grandiosos, sem garantia de recursos, e que podem não ter continuidade, considerando o pensamento mesquinho: “não vou fazer algo para levantar a bola do político concorrente…” Por isso, como diz o ditado: prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Tomara que exemplos como o do nosso autódromo não venham se repetir mais em Rondonópolis.