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, 16 maio 2024
 
 

O fim da corrupção legalizada

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Quando se fala em política, há muito tempo a sociedade brasileira não recebe uma notícia tão boa, aliás, estamos tão acostumados a só receber notícias desagradáveis, que até dá medo quando algo que sinaliza ser positivo aparece. O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade das contribuições de pessoas jurídicas às campanhas eleitorais, e, essa decisão deve ser comemorada pela sociedade, porque o financiamento, até hoje, não passou de corrupção legalizada.
Funciona assim: recurso público indireto para financiar determinado grupo político, que lá na frente vai favorecer determinada empresa para ter acesso à uma licitação, que provavelmente será superfaturada para beneficiar novamente o grupo. Afinal, por que uma empresa doaria para uma campanha de determinado candidato se não para receber benefícios depois? Oras! Pelos belos olhos do candidato que não deve ser.
As revelações da Operação Lava Jato sobre o envolvimento de alguns dos principais financiadores eleitorais no esquema de corrupção na Petrobras mostram como tudo funciona. O sistema de financiamento é um “parteiro de escândalos”, tão sujo e complexo que até se o político for honesto, não consegue escapar. A mudança ainda permite a doação de pessoas físicas até o limite de 10% de seus rendimentos anuais e, com isso, empresários podem fazer doações, mas como cidadãos comuns e não sob a forma de contribuições empresariais. Ainda haverá desvios, caixa 2? Certamente! Mas talvez nada perto do que acontece hoje. De qualquer forma, a iniciativa bloqueia o que aconteceu ao longo dos anos, quando as doações representavam a forma mais clara e legal de se praticar corrupção sem limites e sem nenhuma desfaçatez. Na cara dura mesmo.
Mas, em 2016, será que essa proibição de doações vai tirar (nem que seja um pouquinho) essa sensação de impotência que sentimos quando se fala em extermínio de corruptos e corruptores? O jeito é esperar e torcer para ver alguma mudança nas próximas eleições, quando a medida já estará valendo. Esperança até temos, mas ficamos com a opção de aguardar a decisão do STF na prática e economizar sonhos para outras ocasiões. Diante do nosso cenário político, oportunidades não vão faltar.

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