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Jovens e a violência

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A taxa de morte na população jovem, em Mato Grosso, somente por arma de fogo, aumentou 11,4% em 10 anos. Os dados são do Mapa da Violência da Secretaria Nacional de Juventude em parceria com O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O senador por Mato Grosso, José Medeiros, fez um pedido para que uma diligência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens visite o Estado e assim possa verificar nossa real situação e “apontar caminhos para solucionar esse grave problema”, nas palavras do senador.
A atitude é bastante interessante, haja vista que uma boa porcentagem dessas mortes são muitas vezes “justificadas” pelos conflitos entre facções rivais e pelo tráfico de drogas. Na maior parte dos casos, não se conhecem os autores dos crimes, porque falta investigação, o que gera um ciclo de impunidade que só alimenta a crescente onda de violência.
O Brasil é o país onde mais se mata no mundo. Mais da metade dos homicídios tem como alvo jovens entre 15 e 29 anos, destes, 77% são negros. A maioria dos homicídios é praticada por armas de fogo e menos de 8% dos casos chegam a ser julgados.
Existe hoje um cenário “perturbador”, que coloca o país nas primeiras posições do ranking de número de assassinatos de jovens. As nossas vítimas têm cor, classe social e endereço. São em sua maioria negros, pobres e que vivem nas periferias. É uma juventude que não chega à fase adulta, não cresce, está sendo dizimada. Já passou da hora de uma nova proposta de ação política, criando oportunidades e alternativas para a juventude.
O relatório final do Mapa da Violência aponta que “é preciso criar bases para a construção de uma cultura de paz e de tolerância entre os homens, para uma vida digna: saúde, trabalho e educação. Para que isso dê certo é preciso envolver a família, escola, a rede de saúde e assistência social, além de melhorar os mecanismos de acompanhamento desses jovens, oferecendo-lhes alternativas para a construção de um novo projeto de vida”.
É bonito, mas na prática pouco ou quase nada disso é feito. Se quisermos inverter a situação e viver em uma sociedade justa e fraterna, não podemos descuidar dos nossos jovens, que têm direito a uma vida livre de violência.

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