Falta de planejamento

A situação de esquecimento que ficou o interior de Mato Grosso nos últimos anos pode ser atestada em mais um problema verificado no começo desse período de estiagem: a falta de estrutura para o combate às queimadas urbanas e incêndios florestais em Rondonópolis.
Todos os mato-grossenses que residem aqui há um bom tempo sabem que, a partir de maio/junho, começa o período de seca e, com ele, as queimadas urbanas e incêndios florestais. Contudo, conforme noticiado ontem pelo Jornal A TRIBUNA, a estrutura para combater esses focos de calor não foi definida ainda em Rondonópolis.
Quem sofre com isso é a população, com a má qualidade do ar e transtorno com sujeira decorrente das queimadas urbanas. Neste fim de semana, inúmeras queimadas urbanas já foram visualizadas pela população e, na segunda-feira (15/06), a cidade de Rondonópolis amanheceu encoberta por uma nuvem de fumaça.
Além da falta de planejamento para o período, o inaceitável é ver a falta de estrutura do Estado para essas ações contra queimadas urbanas e incêndios florestais. A cidade de Rondonópolis, hoje, por exemplo, está com apenas 1 caminhão de combate a incêndio, limitando o atendimento em casos de queimadas urbanas.
O outro caminhão de combate a incêndio foi enviado temporariamente para Primavera do Leste, enquanto se faz o conserto da viatura daquela cidade que acabou quebrando. Ademais, a informação é que o Estado também não fornecerá caminhão-pipa para atuação no combate às queimadas em Rondonópolis, sem contar que o efetivo local dos Bombeiros não é suficiente para atender esses casos.
É um cenário de descaso, no qual a população é penalizada e, para variar, é amenizada com constantes improvisos. Para reforçar a estrutura de combate às queimadas, a Prefeitura de Rondonópolis precisará novamente contratar, na última hora, brigadistas para atuar nesse período de estiagem. Hoje (19) entidades e órgãos diversos vão se reunir para buscar soluções e estratégias para atuar contra esses focos de calor na atual temporada.
Esse improviso recorrente do poder público não pode existir mais!