Quem quer ele?

Projetado para ser uma rota de desvio do perímetro urbano, o anel viário de Rondonópolis sempre foi uma estrutura pública problemática, principalmente ao longo dos últimos 15 anos. São problemas de falta de manutenção, buracos, asfalto desgastado, sinalização precária, mato nas margens, entre inúmeros outros problemas.
Todo período chuvoso, o anel viário de Rondonópolis volta a ser assunto nos veículos de comunicação locais, entre eles o Jornal A TRIBUNA, por causa das condições precárias de trafegabilidade. Com a entrega para o sistema de concessão de um trecho de 10 quilômetros do anel viário, entre a BR-364 e a MT-130, surgiu a esperança que a estrada passasse por profundas melhorias, o que não ocorreu.
Durante o período em que parte do anel viário ficou sob a responsabilidade da concessionária da MT-130 o mesmo não recebeu a atenção necessária. O correto seria que o trecho recebesse um novo pavimento, para acabar com o aparecimento dos frequentes buracos e o problema do desgaste do asfalto. Conforme noticiado ontem pelo A TRIBUNA, o trecho agora foi devolvido para o Governo do Estado.
Aproveitando essa transição, destacamos que é oportuno abrir uma nova discussão no sentido de repassar a responsabilidade do outro trecho do anel viário, no caso entre a MT-130 e a MT-270, para a Prefeitura de Rondonópolis. A gestão atrelada ao Estado deixa a intervenção em prol do anel viário muito distante, o que não ocorreria com o controle dessa parte pela Prefeitura.
Transferir a gestão do anel viário entre a MT-130 e a MT-270 vem se tornando algo imprescindível, diante do expressivo crescimento urbano dessa região, com abertura de vários loteamentos e bairros. Com o adensamento urbano, cada vez mais pessoas da cidade usam essa parte do anel viário, que carece, por isso, inclusive, de implantação de iluminação pública e melhor sinalização.
A sociedade local precisa provocar a abertura dessa discussão mais aprofundada a respeito de intervenções em prol da melhoria do nosso anel viário, que, ao longo dos anos, tem sido rejeitado e ignorado.