Como já informamos por várias vezes, Rondonópolis não possui local para que os reeducandos e reeducandas possam cumprir pena em regime semiaberto. Com isso, eles vão para as ruas e, em grande parte, para a prática de mais crimes. A situação tem gerado muitos debates na sociedade em busca de soluções. Infelizmente, é mais uma falha do nosso caótico sistema prisional brasileiro.
Uma das ideias mais discutidas foi a implantação do sistema de tornozeleiras eletrônicas para presos que ganham o benefício em Rondonópolis. Apesar das muitas cobranças ao Governo do Estado, a proposta ainda não foi colocada em prática. Agora o Jornal A TRIBUNA divulgou que uma lista com alguns nomes e endereços de pessoas que cumprem o semiaberto na cidade foram entregues ao comando da Polícia Militar. A intenção é fazer visitas aos domicílios dessas pessoas, para ver se as medidas judiciais estão sendo cumpridas.
Caso o reeducando não seja localizado em casa, no horário das 19h às 6 horas, a Justiça poderá requerer a revogação da liberdade condicional e o beneficiado terá que retornar para o regime fechado. Diante da preocupante situação de índices de assaltos e furtos no município, a medida acaba sendo um alívio para a sociedade. Apesar de válida a intenção, ressalta-se que a polícia não tem efetivo suficiente para ir à casa de cada um dos reeducandos do semiaberto para averiguar o cumprimento das medidas judiciais. Em Rondonópolis, conforme noticiado, são mais de 3 mil pessoas que estão nesse regime!
De qualquer forma, alguma providência mais incisiva deve ser tomada em relação ao semiaberto. Recentemente, a Justiça determinou que o Governo do Estado construa unidades semiabertas em vários municípios de Mato Grosso, entre eles Rondonópolis. O ideal é que isso realmente seja realizado o mais rápido possível. Contudo, como conhecemos a inoperância do Estado em vários setores da sociedade, principalmente em relação à saúde e à segurança, temos de continuar cobrando que a implantação do controle desses presos por tornozeleiras eletrônicas seja efetivado o mais rápido possível.
A sociedade rondonopolitana está cansada de ser vítima da insegurança e saber, como no caso do semiaberto, que o poder público não vem cumprindo com suas obrigações!
