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Rondonópolis
, 20 maio 2024
 
 

O que resolve nossa saúde?

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Um dos inúmeros alvos dos protestos que se multiplicaram pelo Brasil nas últimas semanas tem sido a decisão do governo em facilitar a atuação de médicos estrangeiros no nosso país, os quais trabalhariam principalmente nas cidades interioranas. O que na visão do governo amenizaria a situação de carência de médicos vem sendo repudiado pelas manifestações.
Os motivos são óbvios… Por mais que haja carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior, de nada adianta se não houver a devida infraestrutura para esses profissionais atuarem. O Brasil precisa de bons médicos, bem formados, mas necessita prioritariamente de investimentos em hospitais, equipamentos de exames e remédios, entre eles os de alto custo.
O que esses médicos vão fazer de extraordinário sem hospitais aparelhados e capacitados nessas regiões periféricas? Caso não haja essa preocupação em dotar essas localidades com a estrutura necessária, os pacientes continuarão tendo que recorrer aos grandes centros para os tratamentos de casos mais complexos, persistindo o desequilíbrio no sistema.
O caso de Rondonópolis é um exemplo. Apesar de ser uma cidade próspera e com mais de 200 mil habitantes, o município ainda carece de médicos especialistas em muitas áreas. Faltam profissionais com especialização em oncologia (câncer), infectologia (infecções), hemodinâmica (coração), hematologia (sangue), geriatria (idosos), psiquiatria (doenças mentais), reumatologista (doenças reumáticas), pneumologista (doenças respiratórias), entre várias outras. Há uma grande resistência desses profissionais virem para a nossa cidade. Por outro lado, Rondonópolis ainda não tem estrutura física para muitos desses profissionais atuarem no setor público.
No nosso caso, há uma expectativa ainda de que a instalação do curso de Medicina no campus local da UFMT possa começar a suprir essa deficiência. Da mesma forma, trata-se de uma esperança arriscada, pois primeiro há um período de médio prazo, cerca de sete anos, para a formação de um profissional da Medicina. Em segundo lugar, há uma tendência lógica, devido à falta de estrutura local, para a formação de médicos clínicos, com foco na saúde básica.
Voltando ao assunto inicial, importar médicos sem a existência de estrutura, nesse sentido, é a mesma coisa que contratar cozinheiros sem que haja cozinhas, panelas e alimentos disponíveis… A melhoria da saúde deve ser enxergada e viabilizada com medidas integradas e amplas. É o que esperamos…

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