Reportagem do Jornal A TRIBUNA desta sexta-feira (25/02) trouxe à tona uma triste constatação sobre um problema que os rondonopolitanos já sentem na pele em seu dia a dia. Trata-se da alta periculosidade do seu trânsito, que coloca o município na 66ª posição, entre os 100 com maior índice de mortes oriundas de acidentes de transporte. As estatísticas estão presentes no “Mapa da Violência de 2011 – Os Jovens do Brasil”, realizado pelo Ministério da Justiça e pelo Instituto Sangari, de São Paulo (SP).
O Mapa da Violência traz um importante subsídio para a formatação de políticas públicas e investimentos que venham atuar nos principais problemas da segurança pública nacional, especialmente voltadas em defesa da juventude. Esse resultado, mesmo que proporcionalmente, evidencia o sentimento dos rondonopolitanos no sentido que as políticas e ações por um trânsito mais seguro e menos fatal precisam melhorar urgentemente.
Interessante ressaltar que, por apresentar dados proporcionais, pequenos municípios do Estado também aparecem na pesquisa entre os mais violentos. Nesses casos, vale ressaltar que a existência de uma rodovia perigosa que atravessa o município ou um acidente de grandes proporções podem ser a causa das elevadas taxas em certos anos. Em Jaciara, por exemplo, que também aparece no Mapa, a perigosa BR-364 cortando o município influencia nos dados apresentados.
Outro alerta referente ao município de Rondonópolis é quanto aos índices envolvendo suicídios juvenis, que estão acima da média nacional. Investigar as causas dos fatores que levam ao suicídio juvenil e buscar formas de combatê-las seria outra necessidade, conforme o exposto pelo “Mapa”. Mais um agravante é a constatação, de forma geral, em todo o País, da interiorização da violência, isto é, o avanço das mortes violentas nas cidades do interior brasileiro, o que preocupa Rondonópolis.
Agora o que não é concebível, principalmente num mundo tão globalizado e digitalizado, é que os dados apresentados ainda tenham como referência o ano de 2008. Essa defasagem de três anos pode trazer ações e análises ultrapassadas em um mundo tão veloz. Agora é confiar na promessa do Ministério da Justiça de disponibilizar uma atualização dos dados referentes a essas mortes violentas em tempo real. Afinal, não se faz segurança pública sem informações.
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