Para não ficar na expectativa

Não é a primeira vez que a discussão em torno da revitalização da área do antigo Centro Social Urbano (CSU), em Vila Operária, ganha corpo em Rondonópolis. Novamente a transformação do terreno em um grande complexo de lazer está sendo articulado por alguns vereadores locais. No entanto, é preciso lembrar que desde o primeiro mandato do governador Blairo Maggi, entre 2003 e 2006, já se fala em dar a merecida atenção a esse importante espaço da Vila Operária.
Há mais de seis anos se articula um grande projeto de lazer para a área do antigo CSU, mas, passado tanto tempo, nada saiu do papel, infelizmente. É inconcebível ver o retrato de uma área como essa abandonada e sem a ação efetiva do poder público. O jornal A TRIBUNA mostrou, mais uma vez, neste domingo (06/02), que o terreno vive o descaso, com mato por todos os lados, depósito de lixo, ponto de uso de drogas e ações condenáveis pela sociedade.
Esperamos que, com a promessa de campanha do atual governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, possa, enfim, sair do papel o quanto antes, deixando de ser apenas uma nova expectativa. O projeto, conforme mostrado pelo A TRIBUNA neste domingo, é grandioso e, caso seja construído, será uma interessante opção de lazer, com qualidade, para toda a população.
Contudo, é preciso enfatizar que, caso saia do papel, esse projeto não pode ter o mesmo tratamento de manutenção e gestão que tantas outras iniciativas voltadas ao esporte e lazer na cidade, que, ao longo do tempo, foram se deteriorando, sendo esquecidas e ocupadas por usuários de drogas. Alguns desses maus exemplos, que acabam sendo dinheiro do povo mal aproveitado, são o espaço do Casario, Parque das Águas, do Centro de Eventos Rio Vermelho e a Vila Olímpica, pois não estão tendo o devido aproveitamento popular.
Não podemos estar fazendo grandes projetos com dinheiro público para, depois, cair no esquecimento e não serem utilizados pela população. Para isso, é preciso clamar também a eficiência da gestão pública, em estar administrando com criatividade e, principalmente, estar dando vida constante a esses projetos. Nesse sentido, esperamos primeiramente que a luta pela revitalização do antigo CSU se torne realidade.