Apuração e punição rigorosa

A descoberta do envolvimento de policiais militares numa tentativa de assalto a uma distribuidora de bebidas e a morte de um deles, supostamente como queima de arquivo, causou espécie na população pela inversão de valores verificada: quem deveria garantir a ordem e a segurança estava promovendo o desassossego dos cidadãos.
É claro que toda uma corporação e uma instituição tradicional como é a Policia Militar do Estado de Mato Grosso, não pode ser penalizada pela ação isolada de um grupo desajustado, que usa indevidamente a prerrogativa de “agente do estado” para subverter a ordem social. Apesar de tudo isso, sempre acaba ficando uma mácula na imagem da instituição.
Todavia, não se deve esquecer que a parte limpa da instituição agiu com esmero e responsabilidade, quando mesmo identificando o envolvimento de seus pares não transgrediu nem prevaricou de forma corporativa. Agiu na defesa intransigente dos interesses da sociedade, ainda que tivesse que cortar na própria carne, para expurgar essa célula deficiente e danosa à instituição e à sociedade.
Então o que se espera agora é que as investigações prossigam de forma célere e sem desvios. E se procure responder com precisão às dúvidas pertinentes da sociedade que quer saber, inclusive, se essa foi a primeira ação do grupo? Eles têm envolvimento nos assaltos a caixas eletrônicos ocorridos na cidade, como se suspeita? E quanto a assaltos praticados contra grandes empresas da cidade, que nunca foram elucidados, eles teriam participação? Existem mais militares envolvidos? Estas perguntas precisam ser respondidas!
A própria Policia Militar não merece que se pairem dúvidas sobre a integridade e retidão de seus integrantes. Até porque a sociedade não merece estar sujeita a esse tipo de anomalia, e espera que haja uma responsabilização e uma punição exemplar para os envolvidos.
Isso é o mínimo que se pode esperar das instituições públicas, guardiãs dos interesses da sociedade.