Pela união do movimento comunitário

Na semana passada e no começo desta semana foi possível acompanhar pelo jornal A TRIBUNA uma verdadeira guerra declarada nos bastidores entre as principais entidades de Rondonópolis que representam o movimento comunitário: a União de Moradores da Região Salmen (Unisal) e União Rondonopolitana das Associações de Moradores (Uramb).
O que chama a atenção é que a troca de acusações entre os dirigentes das duas entidades está colocando o movimento comunitário do município em cheque e numa verdadeira saia justa.
No ponto de vista do A TRIBUNA essa briga entre os dois grupos pode levar ao descrédito o movimento comunitário de Rondonópolis, que na década de 80 cresceu e nos anos seguintes se consolidou, tanto em termos de representatividade política como no contexto social de Rondonópolis.
É bom lembrar que a Uramb e Unisal sempre se rivalizaram por espaço, mas jamais a rivalidade tomou proporções como estamos vendo atualmente.
Hoje, em qualquer situação onde é preciso uma discussão mais profunda sobre a cidade as duas entidades são sempre lembradas e chamadas a opinar e dar os pareceres. O movimento comunitário tem hoje o status de importância social dentro de Rondonópolis de um clube serviço, de entidades de classe. Não basta dizer que os dois grupos têm respeito e credibilidade da população.
O problema é que da forma que as coisas estão caminhando dentro de breve as duas entidades, ao invés de buscar uma política de fortalecimento, poderão se autodestruir em uma postura autofágica e perder todo o respeito que foi conquistado nos últimos anos, graças ao trabalho de antigos dirigentes e dos atuais que também colaboraram para o crescimento do movimento comunitário em Rondonópolis. O debate das ideias é válido, mas o que não se pode aceitar são exageros e bate-bocas públicos entre os dois grupos.
O ideal seria que as duas entidades trabalhassem mais próximas no desenvolvimento de projetos e ações para a comunidade no geral. A união da Uramb e da Unisal com o propósito de reforçar o movimento comunitário como um todo traria benefícios imediatos a todos, desde dirigentes, filiados e principalmente a população que vive nas comunidades ainda carentes de desenvolvimento e infraestrutura.