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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

As chuvas e a dengue

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A chegada do período das chuvas traz de novo a preocupação com a proliferação do mosquito transmissor da dengue em Rondonópolis. A preocupação não é para menos. A população local viveu neste começo de ano uma das situações mais caóticas em relação à doença nos últimos anos. Somente no começo de 2010 foram seis pessoas mortas por causa da doença, fora as quase 3 mil internações ao longo desse ano, superlotando hospitais e tirando vagas de pacientes de cirurgias eletivas – aquelas programadas.
Infelizmente, na temporada passada, não houve uma mobilização social desde o começo das chuvas. Agora, em um belo exemplo, a Promotoria de Justiça vem articulando uma grande mobilização no município de Rondonópolis, através do projeto “Atitudes pela Vida”, conforme antecipado pelo Jornal A TRIBUNA. Ações como essa, que envolverão a parceria de diferentes segmentos sociais, inclusive a imprensa, é de fundamental importância para multiplicar informações de prevenção contra a dengue entre a população.
O controle da dengue somente será eficaz se realmente houver um envolvimento de todos, cada um fazendo sua parte e fiscalizando e denunciando casos de irregularidades, como quintais sujos e terrenos baldios mal cuidados. Aliás, é fundamental que a Prefeitura de Rondonópolis mobilize as secretarias necessárias para providenciar ou cobrar a limpeza dos terrenos baldios da cidade, que se multiplicam em situação propícia à proliferação do mosquito da dengue nesta época.
Dentro do projeto do Ministério Público, cada morador vai receber, junto com a conta de água, um panfleto com uma lista de recomendações a ser colocada em prática. Urge que os moradores tenham, então, amor a si próprio, aos familiares e às pessoas próximas, para que evitem o acúmulo de água limpa e parada, que sirva de criadouros. O crucial é que o papel consciente seja cumprido não só por pessoas de bairros pobres, mas de bairros de maior poder aquisitivo também, a exemplo da Vila Aurora, que aparece com um dos maiores índices de casos da doença.
Diante de uma doença tão grave e que pode atingir a qualquer pessoa, resta-nos parabenizar a iniciativa do promotor Ari Madeira. Somente cada um dando sua parcela de contribuição e não fugindo da sua responsabilidade é que teremos uma Rondonópolis mais saudável nesta época de chuva que está apenas começando.

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  1. Essa preocupação de Rondonópolis para com o problema dengue registra-se em todo o território nacional. O lamentável equívoco do Ministério da Saúde é passar para os brasileiros a infeliz idéia de controlar/erradicar os mosquitos vetores( Aedes aegypti e A.albopictus), responsáveis pela disseminação dessa doença e com probabilidade de num amanhã não muito distante, poderem também vetorizar a Febre amarela urbana, o que seria uma catástrofe, mesmo com a existência da VACINA. Os pobres municípios brasileiros não reunem as mínimas condições de enfrentamento para combate eficaz e eficiente à dengue, já que, as ações antivetoriais, não correspondem ao que de melhor poderia se realizar para o controle dessa maldita virose. Atualmente, com a circulação do sorotipo 4 da dengue, poderemos ter neste e no início do próximo ano, uma epidemia sem precedentes. Urgentementenecessário se faz que o Ministério da Saúde, ofereça reais condições aos governos municipais, oferecendo veículos, produtos químicos e biológicos e Recurso Humanos devidamente capacitados, a pelo menos se realizar um CONTROLE DOS VETORES, que corte a cadeia de transmissão dessa virose às pessoas, nunca se entendendo que haverá a erradicação dos mosquitos neste país tropical.
    José Marcolino,Sanitarista, (Ministério da Saúde-aposentado), mas em atividade,como secretário de Saúde, no Município do Bonito, Pernambuco.

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