Falecido há quase doze anos, aos 79 anos, no dia 29 de junho de 2012, em decorrência de um câncer, o renomado advogado, jornalista, escritor, poeta e ativista cultural Wilson Lemos pode se tornar o nome de Instituto em Rondonópolis.
Previsto para se chamar Instituto Wilson Lemos de Cultura Nordestina, o seu propósito será o de fomentar as mais diversas formas de expressões da cultura nordestina na cidade.
“Estamos convocando, para o próximo dia 7 de maio, uma assembleia geral para discutir a criação do Instituto Wilson Lemos de Cultura Nordestina”, informou o ex-vereador Juca Lemos.
Filho do ativista cultural apaixonado pelos costumes e tradições dos povos dos estados do Nordeste brasileiro, Juca Lemos foi recebido nesta sexta-feira (19) no A TRIBUNA, ao lado do Professor Fernandes, para falar sobre a criação do Instituto.
Nascido no Rio Grande do Norte, Wilson Lemos chegou em Rondonópolis no final da década de 70 e contribuiu para estruturar, na cidade, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o antigo “manda brasa”, que reunia as forças que se opunham à ditadura militar.
Paralelamente à atuação política, Wilson Lemos, que disputou uma eleição para deputado estadual em 1982, pelo então PMDB, e chegou a ocupar cargo de secretário de Estado no governo de Carlos Bezerra (1987-1990), foi também um grande ativista cultural, fomentando eventos para a difusão da cultura nordestina, como o show com o “rei do baião”, Luiz Gonzaga, em 1986, em Rondonópolis. Também escreveu livros, poesias e artigos, sendo colaborador de vários jornais, dentre eles o A TRIBUNA.
A assembleia geral para a criação do Instituto será realizada às 18h30, na casa da viúva Carmelita Lemos, localizada na Rua dos Pinheiros, 292, na Coophalis.
“Todos os nascidos no nordeste, bem como seus filhos e simpatizantes da cultura estão convidados para participar desta assembleia onde será discutida a criação do Instituto”, disse Juca Lemos.
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Ele contou que vem há algum tempo alimentando a ideia de construir este Instituto, como forma de manter viva a memória e o trabalho do seu pai pela difusão da cultura nordestina em Rondonópolis, que recebeu muitas famílias vindas de Estados que formam a região nordeste do Brasil.
“Então, conversando com amigos do meu pai, dentre eles o Professor Fernandes, e filhos de amigos que são simpatizantes da cultura nordestina, fomos amadurecendo a ideia da criação deste Instituto, com a missão de fomentar em nossa cidade a cultura nordestina nas suas mais diversas expressões, como na música, literatura, culinária e costumes”, explicou, lembrando que no passado, em meados dos anos 80, houve em Rondonópolis um Centro de Tradições Nordestinas (CTN).
“Ele (CTN) promovia eventos para reunir os nordestinos e os simpatizantes da sua cultura em nossa cidade. Mas, este movimento foi enfraquecendo com o passar do tempo. Queremos, agora, reacender esta chama, com a criação do Instituto”, reforçou o filho.