Um pedido de autorização encaminhado à Câmara Municipal pelo prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) chamou atenção pela possível mudança de sua destinação futura pelo município. Trata-se da autorização para compra do prédio conhecido hoje como “Correio Velho”, que sediou a Estação de Correios e Telégrafos de Rondonópolis, utilizada pelo Marechal Rondon.
O projeto estava para ser votado na sessão de quarta-feira (31), mas acabou retirado da pauta pelo líder do executivo na Casa de Leis, o vereador Reginaldo, a fim de que possam ser fornecidas mais explicações sobre a destinação do prédio.
Localizada na avenida Marechal Rondon, esquina da Poxoréu, na região do Casario, o prédio construído no início do século passado tornou-se em 2022 Patrimônio Cultural de Rondonópolis, tombado pela Prefeitura Municipal.
Tudo indica que a gestão municipal mudou de ideia sobre a sua destinação e pretende transformar agora o local em sede da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e não mais, como chegou a anunciar inicialmente, um Museu Histórico da Cidade, visando abrigar o acervo documental sobre a ocupação e surgimento do município.
Morador da região onde está localizado o prédio pertencente aos Correios, o vereador Batista da Coder (SD) questionou esta intenção do município em transformar o espaço em a nova sede da Secult, que hoje fica no Casario.
Ele defende que o prédio, fechado há alguns anos e já tombado pelo município, seja um espaço voltado para a preservação da memória histórica e cultural da cidade. “Discordo desta ideia (sede da Secult), ali pode ter outra destinação. Ser um museu para preservar a memória da nossa cidade”.
Diante disso, ele pediu para que fosse derrubada a urgência, a fim de que o projeto tramite de forma regimental e possa ser melhor discutida a sua destinação.
“Vamos estar levando esta ideia para os moradores para verificar se aprovam. Caso não, vamos pedir para que os vereadores não votem favorável”.
Líder do prefeito na Casa, o vereador Reginaldo percebeu que a urgência seria derrubada no plenário e solicitou a retirada do projeto da pauta de votação.
Procurada ontem (1º) pelo A TRIBUNA para falar sobre este projeto encaminhado à Câmara, a Prefeitura não deu retorno até o fechamento desta edição.