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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

Transporte coletivo: Sem acordo com a AMTC, motoristas mantém serviços parados

Motoristas decidiram pela paralisação após não conseguirem firmar um acordo com a AMTC sobre a extinção dos contratos de trabalho com a Cidade de Pedra

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Empresa esteve ontem com os trabalhadores buscando um acordo para o fim da paralisação, mas sem sucesso (Foto – Patrícia Cacheffo)

Pontos de ônibus ficaram esvaziados em primeiro dia de paralisação dos motoristas do transporte coletivo local. Os trabalhadores pararam os serviços ontem (29) e a promessa é de manter a paralisação até que uma solução para a pauta de reivindicação da categoria seja apresentada pela Autarquia Municipal do Transporte Coletivo (AMTC).

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Terrestre de Rondonópolis e Região (STTRR), Afonso Aragão, a categoria continuará paralisada até que os responsáveis apresentem uma solução às pautas que foram reivindicadas.

A paralisação foi informada pelo Sindicato à Prefeitura, à AMTC, à Câmara de Vereadores, ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público Estadual, junto com a pauta de reivindicações dos trabalhadores ainda vinculados à Cidade de Pedra, na última sexta-feira (26). A categoria está em estado de greve aprovado em Assembleia Geral desde a terça-feira (23).

Os motoristas decidiram pela paralisação após não conseguirem firmar um acordo com a AMTC sobre a extinção dos contratos de trabalho com a Cidade de Pedra e a posterior absorvição dos trabalhadores por uma cooperativa.

O contrato com a empresa se encerra nesta quarta-feira (31), e teoricamente, no dia seguinte, os trabalhadores passariam a atender via cooperativa.

Os trabalhadores alegam que entendem o fim do contrato com a empresa, mas não concordam em serem regidos pelo sistema de contratação trabalhista apresentado pela autarquia. No caso, os profissionais passam a ser cooperados e não mais trabalhadores contratados.

A categoria compreende que, na forma de cooperativa, os trabalhadores perderiam direitos trabalhistas da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), além de benefícios que recebem como vale-gás e ticket alimentação.

A pauta reivindicatória da categoria aborda três itens principais: solicita a realização de um aditivo contratual no Contrato Administrativo decorrente do Pregão Eletrônico nº 01/2022; propõe que todos os motoristas de ônibus, mecânicos, trabalhadores do setor administrativo, e todos os colaboradores que atuam atualmente na empresa Cidade de Pedra e que venham a prestar serviços à cooperativa contratada sejam contratados como empregados celetistas, não como cooperados; e, pedem a manutenção de todos os benefícios e termos pactuados no Acordo Coletivo de Trabalho firmado entre o STTRR e a empresa Transportes Coletivos Cidade de Pedra Ltda.

Diante da paralisação do serviço, a AMTC afirmou ontem, em nota, que está em dia com as obrigações contratuais mantidas com a Cidade de Pedra, e que iria notificá-la para que adote providências para o retorno imediato dos serviços.

A autarquia ainda lamentou que os usuários do transporte coletivo estejam sendo prejudicados, mas não informou se pretende negociar com os trabalhadores a pauta de reivindicações.

 

 

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Já a empresa Cidade de Pedra, que até esta quarta-feira, ainda mantém contrato com a AMTC, informou que pretende ingressar com um pedido liminar na justiça para que a greve seja suspensa e os serviços retomados.

Ao A TRIBUNA, o gerente da Cidade de Pedra, Paulo Sérgio da Silva, explicou que os trabalhadores ainda são contratados pela empresa e que estão com os pagamentos em dia.

Ele destacou que entende a reivindicação dos trabalhadores, que não querem perder os benefícios conquistados ao longo dos anos junto à empresa, que já atua em Rondonópolis há 18 anos, mas destacou que a paralisação dos serviços acaba trazendo prejuízos também à Cidade de Pedra, que recebe da AMTC por quilômetro rodado.

O gerente ainda ressaltou que a Cidade de Pedra não foi informada previamente pelo Sindicato sobre a paralisação. “Estive ontem com os trabalhadores buscando um acordo para o fim da paralisação, mas sem sucesso”, disse.

A Câmara Municipal também deve receber os trabalhadores para tratar da situação em uma reunião que foi marcada pelo presidente do legislativo municipal, vereador Júnior Mendonça (PT), para hoje (30), às 14h, na Casa de Leis.

 

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