Uma reunião realizada ontem (14), no período da tarde, intermediada pela Câmara Municipal, buscou colocar um ponto final no impasse entre a Santa Casa de Rondonópolis e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre uma dívida por procedimentos realizados pela unidade de saúde para o município entre os meses de junho e outubro. Pelo que se apurou, tudo indica que os vereadores obtiveram êxito.
“Tivemos uma reunião produtiva e elucidativa haja vista que a Secretaria Municipal de Saúde reconheceu o débito com a Santa Casa, com uma pequena diferença. Agora, o desafio da gestão é arrumar dotação orçamentária e recursos para quitar esta dívida”, repassou o presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Mendonça (PT).
A decisão de chamar a reunião foi tomada durante a Ordem do Dia realizada na manhã de ontem. Isto porque, a diretora executiva da Santa Casa, Bianca Franco, dizia que a prefeitura estava retendo recursos federais que deveriam ser repassados à Santa Casa, que presta atendimento ao município pelo Sistema Único de Saúde.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde alegava que a Santa Casa já havia recebido tudo o que lhe cabia em relação à partilha de recurso da União para a saúde previsto para o ano de 2023.
Para a vereadora Marildes Ferreira, que preside a Comissão de Saúde da Casa de Leis, a reunião foi positiva, onde as duas partes puderam apresentar os números e chegaram a um denominador comum sobre o valor da dívida, que é de cerca de R$ 6,2 milhões.
“Foi uma reunião de diálogo e muito produtiva conduzida por nós vereadores, onde a secretária Ione disse que, como a pasta não dispõe mais de orçamento federal, pagará a dívida de cerca de R$ 6,2 milhões com recursos próprios”, comentou Marildes, acrescentando que a secretária Ione Rodrigues somente pediu um prazo para começar a pagar.
“Reconheceu a importância da Santa Casa e disse que pagará a partir do dia 23 com recursos que estão entrando e com remanejamento orçamentário”, repassou a vereadora.
A Saúde em Rondonópolis é uma vergonha. Hospitais públicos lotados. Profissionais mal preparados. Serviços de triagem péssimos. Pessoas passando e por horas e horas na fila. Enquanto a prefeitura se preocupa em construir praças, fazer e refazer rotatórias que não funcionam, a população sofre em hospitais precários