Os servidores municipais decidiram, por maioria, manter as negociações com a Prefeitura e descartaram a deflagração de uma greve geral imediatamente. A decisão foi tomada em assembleia geral que contou com cerca de 900 servidores.
A assembleia ocorreu na tarde de ontem (14) no Clube do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur). No entanto, os servidores farão uma nova paralisação hoje (15) com concentração na Câmara Municipal.
Além da definição para que sejam mantidas as negociações com a Prefeitura, os servidores também decidiram, por maioria absoluta, em não aceitar nenhuma das propostas da Prefeitura para a educação, saúde e instrumental. As categorias querem que as negociações continuem para que se chegue em um acordo sobre as reivindicações.
A presidente do Sispmur, Geane Lina Teles, destacou que o que não pode mais acontecer e os servidores não irão concordar é o prefeito José Carlos do Pátio repetir o que fez na semana passada quando enviou para a Câmara Municipal o projeto de lei que não havia sido aprovado pelos servidores e que previa reajuste aos professores.
“Se o prefeito repetir isso e nós termos que, mais uma vez, entrar com medidas judiciais para evitar a votação de mudanças em nosso PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos), sem nossa aprovação, os servidores vão optar pela greve”, disse.
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Geane reforçou ainda que o prefeito disse uma “inverdade” quando afirmou que estava priorizando a base na proposta de reajuste salarial aos professores.
“Ele disse uma inverdade. Ele sequestrou valores em nossa tabela do PCCV com fins eleitoreiros e isso não deve ser permitido. Os servidores não vão permitir a destruição do serviço público municipal”, alertou.
A paralisação marcada para hoje é justamente para acompanhar a sessão da Câmara Municipal e evitar que projetos que envolvam o funcionalismo público municipal sejam votados sem prévia aprovação dos servidores.
“O líder do prefeito na Câmara, vereador Reginaldo dos Santos, deu a palavra aos servidores que nenhum projeto será enviado, porém a manifestação será mantida”, finalizou a sindicalista.
Os servidores municipais estão em estado de greve desde 5 de maio e várias paralisações e manifestações já foram realizadas. Há duas semanas, o prefeito decidiu, após pressão com a possibilidade de uma greve geral, negociar com os servidores.