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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Voluntários farão protesto em defesa da Santa Casa

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Manifestação semelhante, em prol da Santa Casa, foi realizada quando da visita a Rondonópolis do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em julho deste ano – Arquivo

 

Um grupo de voluntários vai realizar um protesto em defesa da Santa Casa de Rondonópolis, hospital filantrópico que atravessa uma crise financeira sem precedentes e pode até fechar suas portas. O ato público está sendo anunciado para o próximo sábado (28), a partir das 8 horas, na praça em frente ao hospital, onde serão feitas falas e a distribuição de adesivos com mensagens em defesa da unidade hospitalar.

A mobilização está sendo feita por um grupo de pessoas voluntárias ligadas à entidades como o Rotary, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dentre outras, e tem como finalidade conscientizar a população a respeito da situação das finanças do hospital, atolado em uma dívida de mais de R$ 24 milhões com médicos e fornecedores, e pedir ajuda da sociedade para resolver a questão e evitar o seu fechamento.

 

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De acordo com o grupo de voluntários que está organizando o ato público, essa será a primeira de muitas ações visando conscientizar a sociedade a respeito da situação da Santa Casa e sobre a sua importância para a população local e regional, principalmente as de mais baixa renda, já que cerca de 80% de todos os atendimentos realizados ali são via Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é que atos semelhantes sejam realizados na área central da cidade e até nos bairros.

Denominado “SOS Santa Casa – Mobilização em Prol da Santa Casa”, a organização pede às pessoas que forem participar que compareçam de roupas brancas.

 

CRISE SEM PRECEDENTES

Fundada no ano de 1971, a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis trabalha, há algum tempo, com um deficit mensal de cerca de R$ 800 mil e já acumula uma dívida de mais de R$ 24 milhões, devido principalmente ao fato de que os valores pagos pelo SUS pelos procedimentos médicos não serem suficientes para cobrir os custos do hospital. Dessa forma, também há tempos a unidade de saúde depende de ajuda da sociedade e dos governos para se manter, o que não tem acontecido há um bom tempo.

Durante o governo de Pedro Taques (PSDB), a Santa Casa implantou serviços médicos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, partos de risco e outros procedimentos, além do aumento do número de leitos de UTI ofertados para a população, o que foi um enorme avanço para a saúde na cidade, mas foi também um gerador de mais um deficit para o hospital, já que desde o começo os valores pagos eram insuficientes para cobrir os custos e Taques ainda acabou diminuindo ainda mais esses valores.

 

O atual governador, Mauro Mendes (DEM), também não demonstrou interesse em ajudar a resolver o problema e já afirmou, inclusive, que não pretende assumir a gestão da unidade hospitalar, como fez com a Santa Casa de Cuiabá, que passou por crise semelhante e acabou sendo estadualizada, depois de ter ficado por mais de quatro meses fechada.

A Santa Casa de Rondonópolis possui 246 leitos ativos, 900 funcionários, sendo mais de 150 médicos e é referência para uma população de mais de 500 mil habitantes que moram nos municípios da região sudeste do estado.

 

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