A diretoria da Santa Casa e os aliados, liderados pelo Grupo de Mulheres em Prol do Desenvolvimento de Rondonópolis, que lutam para manter as portas do hospital abertas, vão abrir os números e explicar a realidade que a entidade enfrenta, durante uma audiência pública convocada pela Assembleia Legislativa e Câmara Municipal, reagendada para o dia 30 de agosto, a partir das 19 horas, na Câmara Municipal. A informação foi repassada ontem (24), durante uma reunião entre aliados em defesa da Santa Casa e os vereadores da Comissão de Saúde da Casa de Leis, Fábio Cardozo (PDT), Jailton Dantas (PSDB) e Reginaldo Santos (Cidadania). O grupo também busca o apoio do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) para conseguir recursos junto ao governo para a Santa Casa.
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“A Santa Casa tem uma história de serviços prestados e também um sentimento emocional para toda a população, inclusive para mim, pois foi a maternidade que meu filho nasceu. É um grande hospital que é referência em toda a região de Rondonópolis. Precisamos vestir a camisa da Santa Casa para garantir suas portas abertas e o atendimento à população. Se todos conhecerem os pontos positivos da Santa Casa, iremos avançar no seu propósito que é zelar pela saúde das pessoas”, afirmou o empresário Anibal Lourenço.
De acordo com o grupo de aliados, a Santa Casa possui hoje uma equipe técnica que sabe demonstrar toda a situação dos ativos e passivos de forma convincente e clara, inclusive com resultados de auditorias que foram realizadas na instituição.
“A Santa Casa hoje tem uma dívida de mais de R$ 24 milhões. O seu atendimento, ao longo dos anos, aumentou, mas os recursos foram reduzidos, a exemplo do custeio das UTIs pelo Estado que eram R$ 2 mil por leito e que agora é de R$ 1.300 por leito ocupado”, disse a empresária Tânia Balbinotti, integrante do Grupo de Mulheres, que lidera a luta em prol da saúde na cidade.
Para o vereador Fábio Cardozo, autor do pedido da audiência pública junto com a Comissão de Saúde, é preciso promover esforços e unir a classe política para resolver a situação da Santa Casa.
“Hoje, a fonte de recursos volumosos para a saúde está nos governos do Estado e Federal. Nós defendemos que o hospital não seja transformado em uma instituição pública, pois assim perderia várias fontes de recursos que ajudam a manter a Santa Casa, como doações e convênios a exemplo o Servsaúde. Além disso, a maneira que é gerida a Santa Casa deve mudar, pois não adianta colocarmos recursos na entidade e, no futuro, voltar a sofrer com problemas de gestão”, avaliou.
O grupo de aliados é formado por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir), Observatório Social, Associação de Senhoras de Rotarianos (ASR), dentre outras, que abraçaram a causa e agora reforçam o movimento da sociedade civil iniciada pelo Grupo de Mulheres em Prol de Rondonópolis.