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Rondonópolis
, 9 maio 2024
 
 

Cartilha polêmica: Unegro diz que irá acionar MP em denúncia de racismo

Intento da entidade é que a Prefeitura pare de veicular o material e se retrate com a sociedade

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“Apoiamos a campanha, mas queremos que fique claro que os negros não são sujos”, disse Luzia Nascimento, se referindo à campanha Cidade Limpa, que é suspeita de conter material racista

A União dos Negros pela Igualdade (Unegro) pretende acionar o Ministério Público (MP) para intervir no suposto caso de racismo institucional protagonizado por uma cartilha distribuída pela Prefeitura de Rondonópolis em que um personagem negro é vinculado à imagem de sujo e desleixado com relação à limpeza da cidade, material que faz parte da campanha “Cidade Limpa”. O intento da entidade é que a Prefeitura pare de veicular o material e se retrate com a sociedade.

De acordo com a presidente da Unegro, Luzia Nascimento, a entidade a princípio chegou a procurar pela Prefeitura e sugerir que a campanha fosse retirada do ar e fosse feita uma retratação pública, mas, mesmo assim, o material passou a ser divulgado. “Depois disso recebemos uma denúncia de uma mãe vinculada à Unegro, que nos dizia que sua criança não queria mais ir para a escola, pois era chamada de Sujismundo pelos coleguinhas. Em seguida ficamos sabendo de mais casos idênticos e marcamos uma reunião com o prefeito para pedir que o material fosse retirado das escolas, pois estava causando sofrimento em muita gente, mas o prefeito cancelou a reunião conosco e não recolheu o material”, contou.

Ainda de acordo com ela, ao invés de ordenar o recolhimento das cartilhas, a Prefeitura emitiu uma nota contestando e afirmando que não havia racismo no conteúdo da dita cartilha. “Foi a partir daí que resolvemos denunciar a situação e hoje essa história já correu o país inteiro. Já recebemos mensagens de repúdio ao ato da Prefeitura e de apoio à Unegro do país inteiro. Agora, iremos entrar no MP contra a Prefeitura, mas estamos decidindo se vamos entrar no MP em Rondonópolis ou em Cuiabá. Aí, o MP vai ver se há racismo nesse caso mesmo ou não. O que não podíamos é nos calar. A quem essas crianças iriam recorrer? É por isso que achamos que temos essa responsabilidade”, continuou a presidente da Unegro.

Luzia Nascimento esclareceu ainda que tanto ela quanto a entidade que representa não denunciou a situação por se colocar contra a campanha Cidade Limpa. “Não estamos brigando com o prefeito ou com a Prefeitura, estamos apenas denunciando uma situação que achamos errada. Apoiamos a campanha, mas queremos que fique claro que os negros não são sujos. Queremos todos uma cidade mais limpa”, finalizou.

 

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