Os médicos que atuam na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis confirmaram, em assembleia geral anteontem (28), que haverá a demissão em massa dos médicos obstetras, já no dia 2 de fevereiro, caso o hospital não efetue pelo menos a folha de pagamento do mês de agosto de 2018 até o dia 1º de fevereiro de 2019.
Conforme o A TRIBUNA já publicou, são mais de cinco meses sem pagamentos e também sem nenhuma previsão para isso. O corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia já suspendeu todos os serviços eletivos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), permanecendo apenas os atendimentos de urgência e emergência. Contudo, como relatado por alguns profissionais para a reportagem, até mesmo esses serviços apresentavam muita dificuldade para serem prestados.
No caso do setor de obstetrícia e ginecologia, são 14 médicos cujo último pagamento de salário foi efetuado no mês de julho, apenas em parte. Com isso, os profissionais entendem que não há mais como continuar o atendimento. Com a paralisação dos serviços, as gestantes já enfrentam muita dificuldade para receber atendimento, tendo que recorrer as unidades de saúde e a UPA 24 horas.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, admite que há atrasos do Estado para com a Santa Casa de Rondonópolis em torno dos R$ 4 milhões. Contudo, lembrou que a pasta tem contas a pagar que passam dos R$ 400 milhões e que, desde que assumiu a Secretaria, ainda não assinou nenhum pagamento, porque não há recursos disponíveis.
Uma vergonha com a população. Um grande descaso…