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Rondonópolis
, 10 maio 2024
 
 

Hospital Regional deve em torno de R$ 12 milhões a credores

Situação foi apresentada pelo novo secretário de Estado de Saúde, que informou também que uma equipe está fazendo um pente-fino nas contas da unidade

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Secretário se reuniu com credores, servidores efetivos e contratados e corpo clínico do hospital durante dois dias de atuação na unidade – Foto: Assessoria

Em Rondonópolis para vistoriar as condições e a situação administrativo-financeira do Hospital Regional (HR), o secretário de Estado de Saúde escolhido pelo governador Mauro Mendes, Gilberto Figueiredo, disse que a dívida da unidade com os seus credores gira em torno de R$ 12 milhões de reais atualmente. Desde anteontem (2) há uma força tarefa dentro da unidade fazendo levantamentos sobre a situação do hospital, para que um relatório seja enviado à Justiça.

“Hoje há R$ 13 milhões que estão bloqueados pela Justiça Federal, que foram proibidos de serem repassados para a Organização Social que estava na administração. Nós estamos avaliando todos os contratos, todas as contas, fazendo uma checagem minuciosa para identificar se o que os credores nos cobram é de fato o que realmente estamos devendo. Esse relatório será entregue para Justiça, que vai decidir se os pagamentos serão feitos ou não”, explicou o secretário. A expectativa da equipe era terminar o pente-fino ainda ontem (3), no mais tardar na manhã de hoje (4).

O secretário ressaltou que o HR custa quase R$ 9 milhões ao mês aos cofres do Estado para funcionar. Ele lembra que o contrato entre o Governo anterior e o Instituto Gerir, que administrava a unidade, venceu no dia 27 de novembro e não foi renovado por decisão judicial. Desde então, o governo montou uma equipe de intervenção na unidade, mas os trabalhadores contratados continuaram a trabalhar mesmo com o contrato vencido. “Eles foram contratados pelo Instituto Gerir, que deixou a unidade sem fazer a rescisão contratual dessas pessoas. Os salários até novembro, com o contrato vigente, já foram pagos, mas o salário de dezembro nós não temos como pagar. Essa situação também está sendo passada para a Justiça, que vai determinar quem pagará o salário e como será feita a rescisão contratual”, disse. O HR tem em torno de 300 servidores efetivos e 250 contratados.

Com relação ao pagamento dos médicos, o secretário lembrou que existem na unidade profissionais efetivos e aqueles que são contratados como pessoa jurídica, ou seja, por meio de empresa. Esses casos, ele cita, são tratados da mesma forma como os demais credores e o caso desses profissionais também só será solucionado pela determinação judicial aguardada.

Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em visita ao Hospital Regional de Rondonópolis – Foto: Patrícia Cacheffo

Questionado pela reportagem se os problemas com falta de medicamentos, insumos e materiais para atendimento na unidade devem acabar com o Estado assumindo o hospital, Gilberto Figueiredo disse que o trabalho será para isso, mas, devido à complexidade da situação encontrada, fatos desconfortáveis não são descartados. “Não estamos lidando com uma casa de boneca, mas com um hospital enorme que atende toda uma região. O que podemos garantir é esforços para que o HR volte à normalidade”, disse.

NOVA GESTORA

O Governo nomeou a servidora pública Caroline Campos Dobes Conturbia Neves como responsável pela administração do Hospital Regional de Rondonópolis, que teve a sua gestão retomada pelo Estado. A gestora governamental é considerada uma escolha técnica, já que a mesma tem vasta experiência no serviço público do Estado, atuando por exemplo como Gerente de Planejamento da Secretaria de Segurança e Coordenadora de Convênios e Superintendente de Convênios, Orçamento e Finanças da Secretaria de Educação. “A escolha do nome foi técnica, não tem víeis político. Ela vai contar com o apoio de um grupo de profissionais experientes nesse momento de transição”, disse o secretário de Saúde.

Ainda conforme Gilberto Figueiredo, assim que a situação do HR estiver normalizada, o Estado deve realizar um processo seletivo para a contratação de funcionários para o local.

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