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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Na espera por reforma, prédio fica abandonado

Demora na execução da reforma do prédio do Hospital Infantil é incluída no Placar das Obras Paradas, do A TRIBUNA

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Com prédio ocioso e aberto, estragos no espaço só aumentam com o passar do tempo – Foto: Roberto Nunes/A TRIBUNA

Enquanto a reforma prometida para o prédio do PA Infantil (o Hospital Municipal da Criança “Wilma Bohac”) não acontece, a estrutura segue ociosa e sendo destruída por usuários de drogas, moradores em situação de rua e pela ação das intempéries climáticas, como chuva e sol. O prédio ficou abandonado com a saída da unidade de saúde que funcionava no local. Esse é o destaque de hoje da série de reportagens especiais do Jornal A TRIBUNA que mostra as obras públicas paradas no município de Rondonópolis.

A situação do tradicional prédio do PA Infantil, também conhecido como PAzinho, no Jardim Santa Marta, vem gerando revolta em muitos moradores. De uma hora para outra, a atual gestão municipal transferiu a unidade de saúde para o antigo prédio do Pronto Atendimento Adulto (PA Adulto), localizado ao lado da Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, o prédio que abrigava o Pronto Atendimento dedicado às crianças foi fechado e passou a ficar abandonado.

Essa mudança foi possível porque, em meados de 2016, a Prefeitura de Rondonópolis inaugurou o novo prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), junto à Rua Rio Branco, no bairro Santa Marta. Dessa forma, a UPA passou a sediar e realizar os serviços do PA Adulto, entrada de ambulância e ambulatório adulto, com o atendimento da demanda espontânea do público em geral e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em casos de baixa e média complexidade.

A mudança de endereço repentina suscita questionamentos, especialmente porque o prédio que abrigava o PA Infantil era uma estrutura ampla, arejada e com espaço para ampliações. Além do mais, o prédio era relativamente novo. Começou a funcionar no tradicional endereço em dezembro de 2010. Portanto, foi desativado em menos de sete anos de uso, tendo bem menos tempo de vida do que o prédio atual, onde funcionava o PA Adulto.

Em 2014, o prédio que foi abandonado recebeu investimento de mais de R$ 1 milhão em obras de reforma, reestruturação e instalação de equipamentos, passando a funcionar na sequência como um pequeno hospital, no caso o Hospital da Criança “Wilma Bohac”. Assim, passou a dispor de setor de internação com dez leitos, além de dois leitos no boxe de emergência e dois leitos de estabilização para os pacientes em situação grave.

Além da mudança de endereço mal explicada, o prédio agora ocioso não vem recebendo a devida manutenção do poder público, enquanto a reforma prometida não ocorre. Em função disso, as reclamações dos transtornos ocasionados por essa estrutura passaram a ser constantes desde o começo deste ano. O Jornal A TRIBUNA, por exemplo, recebeu diversas reclamações do estado de abandono do local.

Neste ano de 2018, devido à ociosidade, os problemas no prédio do PA Infantil se intensificaram. O mato chegou a tomar conta do terreno. Logo no comecinho de janeiro, a situação de abandono do local, inclusive sem portão, já vinha preocupando os moradores da região, que temiam que, com a tomada do mato houvesse a proliferação de animais peçonhentos e que pudessem comprometer a saúde da vizinhança.

Foto: Roberto Nunes/A TRIBUNA

Na sequência, o prédio ocioso continuou a gerar transtornos, uma vez que foi tomado por usuários de drogas e moradores em situação de rua. Em março deste ano, janelas e portas também foram arrombadas, demostrando a total depredação do bem público. Nessa situação, no começo deste mês de abril, algumas fiações foram arrancadas do prédio e incendiadas por desocupados. O Corpo de Bombeiros foi chamado e controlou a situação, sem maiores problemas.

Atualmente, o terreno está com a área limpa, sem mato em situação preocupante nas dependências. No entanto, a destruição no prédio público só aumenta. O local, que estava em condições de uso até meses atrás, hoje está com vidros, portas e vasos sanitários quebrados. O forro foi arrancado em várias partes. Da mesma forma, muitas telhas foram arrancadas. As pessoas continuam tendo livre acesso ao espaço, para uso de drogas e moradia improvisada.

Quanto mais demora a reforma no prédio mais complica a situação do local e mais recursos são necessários para devolvê-lo ao uso da sociedade. Segundo o Município, o Hospital Infantil foi transferido para o prédio do antigo PA Adulto porque sua estrutura estava com problemas de alagamentos. Desde o começo do ano, repassou que a Secretaria Municipal de Infraestrutura estava terminando o projeto de reestruturação do imóvel, mas não deu prazos.

COMO FICARÁ

Em resposta ao Jornal A TRIBUNA, a Prefeitura assegurou nesta semana que uma reforma está prevista para o local, sendo que o projeto está sendo elaborado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura. Porém, segundo justificado, as últimas chuvas acabaram danificando outros itens que não constavam no projeto inicial de reforma, e a equipe da engenharia teve de reestruturar o projeto para atender à nova demanda. A reforma do prédio do PA Infantil, portanto, se faz urgente, sob o risco do custo de reestruturação aumentar demasiadamente com o passar do tempo. “Este projeto está sendo elaborado em conjunto com outros de reformas de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e do Ceadas, por exemplo”, repassou a Prefeitura.

A intenção é que, após realizadas as obras necessárias, conforme informado, o imóvel em questão volte a abrigar PA Infantil, com os atendimentos à população infantil. Assim, a série de reportagens sobre obras paradas do Jornal A TRIBUNA continuará acompanhando e cobrando para que essa reforma ocorra com urgência, evitando que um espaço público tão importante fique ocioso e sendo depredado.

Foto: Roberto Nunes/A TRIBUNA

PLACAR DAS OBRAS PARADAS

Este espaço é para registrar a situação das obras públicas em Rondonópolis, com o objetivo de cobrar das autoridades competentes a conclusão das mesmas e desmistificar o slogan de que a cidade é a “Capital das Obras Paradas”, com muito dinheiro indo para os ralos pelo fato de que muitos projetos iniciados acabam abandonados e virando escombros. Depois da reportagem publicada no A TRIBUNA, um resumo fica registrado neste espaço.

Edição de 28/01/2018

Parque do Escondidinho – Parado desde 2012

Teve o início das obras em fevereiro de 2012, com orçamento de R$ 3,875 milhões, tendo como empreiteira a empresa Ensercon; paralisadas em outubro de 2012, tendo já sido pago até hoje o total de R$ R$ 319.899,71. Teve reprogramação junto a CEF em dezembro de 2017. Nova licitação foi realizada e saiu vencedora a empresa A I Fernandes Serviços de Engenharia Eirelli. Resta emitir ordem de serviço.

Parque das Mangueiras – Parado desde 2015

Teve lançamento em meados de 2012, com recursos de R$ 2,847 milhões. As obras só foram iniciadas de fato em dezembro de 2013, através da empreiteira Francisco Marino Fernandes e Cia/Tripolo, mas em ritmo muito lento e muitas paralisações, sob alegações de falta de pagamento das medições. Foram pagos até agora R$ 461.259,88, com as edificações abandonadas a partir de 2015. Prefeitura promete fazer licitação da obra no dia 29 de maio.

Edição de 03/02/2018

Aeroporto Municipal – Última paralisação 2017

Serviço de responsabilidade do Governo do Estado, agora está sob intervenção do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), diante da acusação de sobrepreço e superfaturamento. As obras em questão foram iniciadas em meados de 2013. O valor inicial do projeto era da ordem de R$ 20.892.913,14, tendo um aditivo no valor de R$ 10.290.870,71. O serviço estava sendo executado pela Ensercon Engenharia Ltda. Governo do Estado não deu posição sobre futuro da obra.

Edição de 11/02/2018

Residencial Celina Bezerra – Construções paralisadas em 2013 e 2016

Ao todo são 2.592 apartamentos previstos na 1ª etapa do Residencial Celina Bezerra, iniciada em 2013. Agora, em fevereiro de 2108, foi assinada a suplementação de R$ 29,5 milhões para o reinício de 1.440 unidades habitacionais, antes tocadas pela construtora Aurora. Uma nova empresa foi contratada, no caso a Eldorado, com previsão inicial de reinício em março deste ano – prazo ficou agora para maio. Já os outros 1.152 apartamentos, construídos pela construtora Ávida, ainda não têm data certa para que os serviços possam deslanchar.

Edição de 18/02/2018

Bloco do curso de Medicina – Obra interrompida desde 2016

O Bloco da Saúde do campus local da UFMT, que atenderia o curso de Medicina e com entrega prevista em 2015, até hoje não foi terminado. Com recursos do Governo Federal, perfazendo R$ 5,6 milhões, as obras foram iniciadas em 2014 pela empresa L.P. Engenharia Eireli. Contudo, os trabalhos foram interrompidos em março de 2016. O Ministério da Educação definiu agora a liberação de R$ 2 milhões para continuidade do prédio inacabado. A expectativa é que essas obras possam ser retomadas até o começo do 2º semestre de 2018.

Edição de 25/02/2018

Praça do Carreiros – Reforma vem sendo adiada há anos

Diante da necessidade e da cobrança, na gestão 2009/2012, um projeto de revitalização do espaço foi elaborado. Depois um novo projeto arquitetônico para a revitalização da praça foi elaborado em 2015. O projeto da obra de revitalização foi iniciado por etapas, com a construção do monumento alusivo ao carro de boi, em novembro de 2015. No começo do ano passado, o entendimento foi por confeccionar um novo projeto de revitalização da estrutura da praça. Não foi informada uma nova data para começo desse serviço tão esperado na cidade.

Edição de 01/03/2018

Rodovia do Leite – Trecho paralisado há mais de 6 anos

A conclusão da pavimentação da “Rodovia do Leite” (MT-459), entre São José do Povo e Nova Catanduva, segue indefinida. O projeto de pavimentação da rodovia começou há quase 10 anos. Um trecho entre Pedra Preta e a localidade “Ponto Chique” foi inaugurado em 2014. Já o trecho entre São José do Povo e Nova Catanduva, com 21 quilômetros, teve apenas 5 quilômetros concluídos pela construtora Ensercon. Esses serviços tiveram início em 2010 e, após a realização do trecho inicial, não prosseguiu mais por falta de recursos. Desde então, nada mudou de lá para cá.

Edição de 06/03/2018

Escola Estadual Adolfo Moraes – Reforma paralisada há 2 anos

O estabelecimento teve uma grande complicação em julho de 2014, quando sofreu sérios danos após um vendaval que atingiu a cidade. A reconstrução da Escola Adolfo começou em janeiro de 2016 através da construtora Ápice Construções Eirelli ME. Contudo, em maio de 2016, as obras foram suspensas diante da operação Rêmora, sob suspeita de estarem ligadas a um esquema de corrupção. O contrato foi rescindido e, desde então, a nova licitação da reforma vem sendo prometida, mas insiste em não ser concluída. A alegação é que o projeto precisou sofrer ajustes.

Edição de 13/03/2018

Construção de ponte no final da W-11 – anunciada em 2014

A garantia da construção dessa ponte sobre o Rio Vermelho foi anunciada no final de 2014. Foi dito que a construção estava licitada, tendo como vencedora a empresa Engeponte Construções, de Cuiabá. Desde então, o projeto não avançou. Em maio de 2017, o governador anunciou que a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística iria construir, por meio do programa Pró-Concreto, essa ponte de 250 metros, no valor de R$ 12,5 milhões. Agora, a informação é que o licenciamento ambiental ainda não foi emitido para execução da obra.

Edição de 18/3/2018

Novo Sistema Socioeducativo – cobrança de mais de 30 anos

Apesar de ser uma cobrança antiga da Diocese da Igreja Católica, a construção de espaços adequados para abrigar menores infratores nunca se concretizou em Rondonópolis. Os esforços nos últimos anos são para a construção do Núcleo de Atendimento Integrado, com área doada pelo Município para essa finalidade. Até uma ação bloqueando cerca de R$ 6,6 milhões das contas do Estado chegou a se concretizar em 2014, mas não surtiu resultado. Vários órgãos envidam ações para destravar a construção. Contudo, nenhuma nova data para licitação da obra saiu.

Edição de 28/3/2018

Escola Estadual do Residencial Maria Tereza – Obra interrompida desde 2016

Anunciada em 2010, a construção da Escola Estadual do Residencial Maria Tereza teve ordem de serviço em 2013. Sob responsabilidade da construtora Ampla, a obra sofreu com morosidade na condução do projeto e várias paralisações, até a interrupção em definitivo no começo de 2016. No ano passado, a Seduc explicou que o contrato referente à obra da escola foi rescindido. A nova promessa é que o projeto foi encaminhado ao setor de licitações e, em breve, será publicado edital.

Edição de 1/4/2018

PSF Marechal Rondon – Na espera há 5 anos

Faz quase cinco anos que a comunidade aguarda a conclusão da obra do novo PSF e, até agora, ainda não se sabe quando a estrutura será inaugurada. Em 2016 a construtora MXM solicitou o cancelamento do contrato. O Município informou que um novo processo licitatório do PSF chegou a ser aberto em outubro de 2017, mas não houve empresa interessada. O Município voltou a anunciar uma nova licitação, mas no último dia 24 foi revogada. Agora disse que a obra está passando novamente pelo processo licitatório, sem fornecer prazos.

Edição de 08/04/2018

Prolongamento da Av. Beira Rio – interrompido em 2016

A conclusão do prolongamento da Avenida Beira Rio, entre a Avenida Poguba e a BR-364, é uma grande cobrança local. A obra foi interrompida por determinação da Justiça, em uma ação movida pelo Ministério Público do Estado. Foi somente em setembro de 2017 que a Prefeitura anunciou que recebeu a liberação da licença ambiental tão aguardada. Desde o fim do ano passado, o Município vem anunciando a intenção de licitar a conclusão da via, mas até hoje os prazos não foram cumpridos. Licitação foi iniciada e abertura de envelopes com propostas ficou para dia 8 de maio.

Edição de 15/04/2018

Quadra de esportes do Louis Braille – Obra interrompida há anos

A construção da quadra de esportes do Centro de Reabilitação Louis Braille está com as obras paralisadas há vários anos. O espaço serviria, principalmente, para a prática do “Goalball”. O valor orçado era de R$ 568 mil, com previsão de conclusão em 150 dias pela empresa TLT Construções LTDA. As obras foram paralisadas com o falecimento do dono da construtora contratada. Desde então, vem sendo cobrada a realização de nova licitação para conclusão das obras, mas nada foi efetivado nesse sentido.

Edição de 21/04/2018

Centro de Iniciação ao Esporte (CIE) – não saiu do papel

O Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), no Loteamento Padre Lothar, foi anunciado em 2013. A estimativa era entregá-lo antes das Olimpíadas, em 2016. O primeiro edital de licitação da obra foi anunciado em 2016, mas não prosperou. Após uma licitação fracassada no começo deste ano de 2018, a Prefeitura marcou novo processo licitatório para contratação de empresa para a construção do complexo para o próximo dia 21 de maio.

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