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Rondonópolis
, 20 maio 2024
 
 

Conclusão da Av. Beira Rio é grande cobrança local

Conclusão do prolongamento dessa via passa a fazer parte do Placar das Obras Paradas, publicado pelo Jornal A TRIBUNA

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Foto: A TRIBUNA

A construção do prolongamento da Avenida Beira Rio, entre a Avenida Poguba e a BR-364, foi interrompida em dezembro de 2016 e, desde então, passou a ser uma das grandes cobranças da população. Isso porque a utilidade da nova ponte sobre o Rio Vermelho e da nova avenida da cidade, popularmente chamada de Beira Rio, ficou comprometida, uma vez que apenas metade do seu trajeto foi concluído. O impasse para conclusão dessa via passa, a partir desta edição, a fazer parte do Placar das Obras Paradas, publicado pelo Jornal A TRIBUNA.

O prolongamento da Beira Rio, perfazendo cerca de 700 metros, começou a ser construído pela Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), com previsão inicial de conclusão até o final de 2016. A obra foi interrompida por determinação da Justiça, em uma ação movida pelo Ministério Público do Estado, alegando que não foram realizados estudos ambientais que contemplassem esta nova ligação. Trata-se de um projeto da gestão anterior, comandada por Percival Muniz, mas que, devido ao embargo, passou a depender da gestão atual de Zé Carlos do Pátio para ser concluída.

Logo no começo de 2017, a Prefeitura informava que vinha fazendo as readequações necessárias e solicitadas pelo Ministério Público para liberação da obra que foi embargada na gestão anterior. A estimativa era que as questões fossem resolvidas ainda no primeiro semestre do ano passado – o que não ocorreu. Em função do embargo, os motoristas que trafegam pela região passaram a utilizar uma via de chão alternativa, sem asfalto e que termina nas proximidades da ponte do Córrego Lourencinho, para acessar a BR-364.

Nesse sentido, se habituando a utilizar a nova ponte, ao chegarem na rotatória da Avenida Poguba, os condutores acabavam dando de frente com o prolongamento da Beira Rio inconcluso e interditado. O jeito era seguir pela via alternativa e esburacada ou então retornar para a região do Horto Municipal. A sociedade passou a cobrar, de forma reiterada, principalmente através da imprensa, uma solução para o impasse, especialmente empresários e trabalhadores do Distrito Industrial e empresas instaladas às margens da BR-364 e da BR-163.

Desde o começo do ano passado, também foram diversas as articulações de vereadores em torno da retomada e conclusão da via, com vários prazos dados, mas que não se cumpriram. Na época que o trecho ainda estava interditado pela Justiça, veículos estavam trafegando normalmente pelo local. Blocos de concreto que foram colocados para proibir a passagem de veículos haviam sido retirados, e um desvio também foi feito para que os condutores pudessem acessar a BR-364.

A expectativa da sociedade era de que as pendências inerentes ao prolongamento da avenida fossem resolvidas com mais agilidade, em poucos meses, mas o tempo foi se passando e as obras não foram retomadas. Além do questionamento ambiental, o Município apontou, em meados de 2017, que o Ministério Público pediu para que o projeto fosse revisto, ao verificar que não havia estrutura de drenagem na via. Dessa forma, repassou na época que novos projetos foram feitos, sendo incluída a estrutura de drenagem, com cerca de 850 metros de tubulação, causando um aumento de custo no serviço. Vale dizer que foi deixado dinheiro em caixa para conclusão dessa via.

Foi somente em setembro de 2017 que a Prefeitura anunciou que recebeu a liberação da licença ambiental tão aguardada. Até então, o serviço estava acertado para ser executado pela Coder, que chegou a anunciar que esperava retomar os trabalhos ainda naquele mês de setembro e, depois, em outubro. “Vamos trabalhar a todo vapor para entregar essa obra ainda este ano [2017]”, garantiu uma diretora da Coder. Essa promessa também não foi cumprida, sob a alegação da viabilização do aditivo necessário à obra, para contemplar serviços de drenagem.

Expectativa é que, na próxima semana, uma nova empresa para terminar a obra seja contratada pela Prefeitura – Foto: Arquivo/A TRIBUNA

Após os prazos não cumpridos, a Prefeitura, em novembro passado, revelou que enfrentava problemas para que a Coder realizasse a referida obra, considerando a falta de estrutura da companhia, a exemplo de atrasos no pagamento de certidões. Neste ano de 2018, o Município repassou a intenção de publicar o edital de licitação para contratação da nova empresa até 15 de janeiro. Ao mesmo tempo, com o período das chuvas, os motoristas passaram a sofrer com os atoleiros na estrada de desvio para chegar a rodovia.

Ainda em janeiro deste ano, a Câmara Municipal de Vereadores aprovou uma suplementação no valor de R$ 2,7 milhões para realização dos serviços necessários no prolongamento. Conforme a informação, o recurso deve atender a drenagem, asfaltamento e construção do meio-fio no prolongamento. A iluminação pública, contratada ainda na gestão passada, ficou mantida para a retomada dos serviços, sem a necessidade de uma nova licitação nesse caso.

Também em janeiro deste ano, os blocos de concreto que estavam no local desde o bloqueio determinado pela Justiça, quando a obra foi embargada, foram retirados do local, permitindo que os motoristas passassem pela via inconclusa. Conforme verificado, o tráfego intenso de veículos na região demonstra, a cada dia, a necessidade do asfaltamento. Apesar disso, nesse período todo, dinheiro público já foi desperdiçado, considerando que muitos dos serviços realizados de terraplanagem foram destruídos em função das enxurradas no local.

Somente agora, no dia 13 de março deste ano, a Prefeitura anunciou o edital para contratação de empresa para terminar os serviços. Inicialmente, a licitação foi marcada para o dia 12 de abril de 2018, mas houve nova reprogramação. A expectativa, portanto, em relação à finalização da obra é muito grande por parte dos condutores, que aguardam uma nova opção de acesso à BR-364 e aos distritos industriais de forma mais tranquila e cômoda.

COMO ESTÁ AGORA?

A Prefeitura de Rondonópolis informou ao Jornal A TRIBUNA nesta semana que, conforme publicação oficial de 14/03/2018, a Secretaria Municipal de Administraç ão efetivou a Prorrogação de Prazo da Concorrência Pública Nº 03/2018, para a execução das obras no prolongamento da Beira Rio. Com isso, a licitação ficou datada para o dia 18/04/2018, às 09h, na sala de licitações do Paço Municipal, na Vila Aurora. Assegurou ainda que o valor necessário, de R$ 2,7 milhões, está disponível no Município. Assim, resta acompanhar o processo burocrático para que, finalmente, seja concluído o projeto e, em breve, o trecho possa ser entregue à população, cumprindo sua finalidade.


PLACAR DAS OBRAS PARADAS

Este espaço é para registrar a situação das obras públicas em Rondonópolis, com o objetivo de cobrar das autoridades competentes a conclusão das mesmas e desmistificar o slogan de que a cidade é a “Capital das Obras Paradas”, com muito dinheiro indo para os ralos pelo fato de que muitos projetos iniciados acabam abandonados e virando escombros. Depois da reportagem publicada no A TRIBUNA, um resumo fica registrado neste espaço.

Edição de 28/01/2018

Parque do Escondidinho – Parado desde 2012

Teve o início das obras em fevereiro de 2012, com orçamento de R$ 3,875 milhões, tendo como empreiteira a empresa Ensercon; paralisadas em outubro de 2012, tendo já sido pago até hoje o total de R$ R$ 319.899,71. Teve reprogramação junto a CEF em dezembro de 2017. Prefeitura promete fazer licitação da obra no dia 17 de abril.

Parque das Mangueiras – Parado desde 2015

Teve lançamento em meados de 2012, com recursos de R$ 2,847 milhões. As obras só foram iniciadas de fato em dezembro de 2013, através da empreiteira Francisco Marino Fernandes e Cia/Tripolo, mas em ritmo muito lento e muitas paralisações, sob alegações de falta de pagamento das medições. Foram pagos até agora R$ 461.259,88, com as edificações abandonadas a partir de 2015. Não tem data de licitação.

Edição de 03/02/2018

Aeroporto Municipal – Última paralisação 2017

Serviço de responsabilidade do Governo do Estado, agora está sob intervenção do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), diante da acusação de sobrepreço e superfaturamento. As obras em questão foram iniciadas em meados de 2013. O valor inicial do projeto era da ordem de R$ 20.892.913,14, tendo um aditivo no valor de R$ 10.290.870,71. O serviço estava sendo executado pela Ensercon Engenharia Ltda. Governo do Estado não deu posição sobre futuro da obra.

Edição de 11/02/2018

Residencial Celina Bezerra – Construções paralisadas em 2013 e 2016

Ao todo são 2.592 apartamentos previstos na 1ª etapa do Residencial Celina Bezerra, iniciada em 2013. Agora, em fevereiro de 2108, foi assinada a suplementação de R$ 29,5 milhões para o reinício de 1.440 unidades habitacionais, antes tocadas pela construtora Aurora. Uma nova empresa foi contratada, no caso a Eldorado, com previsão inicial de reinício em março deste ano. Já os outros 1.152 apartamentos, construídos pela construtora Ávida, ainda não têm data certa para que os serviços possam deslanchar.

Edição de 18/02/2018

Bloco do curso de Medicina – Obra interrompida desde 2016

O Bloco da Saúde do campus local da UFMT, que atenderia o curso de Medicina e com entrega prevista em 2015, até hoje não foi terminado. Com recursos do Governo Federal, perfazendo R$ 5,6 milhões, as obras foram iniciadas em 2014 pela empresa L.P. Engenharia Eireli. Contudo, os trabalhos foram interrompidos em março de 2016. O Ministério da Educação definiu agora a liberação de R$ 2 milhões para continuidade do prédio inacabado. A expectativa é que essas obras possam ser retomadas até o começo do 2º semestre de 2018.

Edição de 25/02/2018

Praça do Carreiros – Reforma vem sendo adiada há anos

Diante da necessidade e da cobrança, na gestão 2009/2012, um projeto de revitalização do espaço foi elaborado. Depois um novo projeto arquitetônico para a revitalização da praça foi elaborado em 2015. O projeto da obra de revitalização foi iniciado por etapas, com a construção do monumento alusivo ao carro de boi, em novembro de 2015. No começo do ano passado, o entendimento foi por confeccionar um novo projeto de revitalização da estrutura da praça. Não foi informada uma nova data para começo desse serviço tão esperado na cidade.

Edição de 01/03/2018

Rodovia do Leite – Trecho paralisado há mais de 6 anos

A conclusão da pavimentação da “Rodovia do Leite” (MT-459), entre São José do Povo e Nova Catanduva, segue indefinida. O projeto de pavimentação da rodovia começou há quase 10 anos. Um trecho entre Pedra Preta e a localidade “Ponto Chique” foi inaugurado em 2014. Já o trecho entre São José do Povo e Nova Catanduva, com 21 quilômetros, teve apenas 5 quilômetros concluídos pela construtora Ensercon. Esses serviços tiveram início em 2010 e, após a realização do trecho inicial, não prosseguiu mais por falta de recursos. Desde então, nada mudou de lá para cá.

Edição de 06/03/2018

Escola Estadual Adolfo Moraes – Reforma paralisada há 2 anos

O estabelecimento teve uma grande complicação em julho de 2014, quando sofreu sérios danos após um vendaval que atingiu a cidade. A reconstrução da Escola Adolfo começou em janeiro de 2016 através da construtora Ápice Construções Eirelli ME. Contudo, em maio de 2016, as obras foram suspensas diante da operação Rêmora, sob suspeita de estarem ligadas a um esquema de corrupção. O contrato foi rescindido e, desde então, a nova licitação da reforma vem sendo prometida, mas insiste em não ser concluída. A alegação é que o projeto precisou sofrer ajustes.

Edição de 13/03/2018

Construção de ponte no final da W-11 – anunciada em 2014

A garantia da construção dessa ponte sobre o Rio Vermelho foi anunciada no final de 2014. Foi dito que a construção estava licitada, tendo como vencedora a empresa Engeponte Construções, de Cuiabá. Desde então, o projeto não avançou. Em maio de 2017, o governador anunciou que a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística iria construir, por meio do programa Pró-Concreto, essa ponte de 250 metros, no valor de R$ 12,5 milhões. Agora, a informação é que o licenciamento ambiental ainda não foi emitido para execução da obra.

Edição de 18/3/2018

Novo Sistema Socioeducativo – cobrança de mais de 30 anos

Apesar de ser uma cobrança antiga da Diocese da Igreja Católica, a construção de espaços adequados para abrigar menores infratores nunca se concretizou em Rondonópolis. Os esforços nos últimos anos são para a construção do Núcleo de Atendimento Integrado, com área doada pelo Município para essa finalidade. Até uma ação bloqueando cerca de R$ 6,6 milhões das contas do Estado chegou a se concretizar em 2014, mas não surtiu resultado. Vários órgãos envidam ações para destravar a construção. Contudo, nenhuma nova data para licitação da obra saiu.

Edição de 28/3/2018

Escola Estadual do Residencial Maria Tereza – Obra interrompida desde 2016

Anunciada em 2010, a construção da Escola Estadual do Residencial Maria Tereza teve ordem de serviço em 2013. Sob responsabilidade da construtora Ampla, a obra sofreu com morosidade na condução do projeto e várias paralisações, até a interrupção em definitivo no começo de 2016. No ano passado, a Seduc explicou que o contrato referente à obra da escola foi rescindido. A nova promessa é que o projeto foi encaminhado ao setor de licitações e, em breve, será publicado edital.

Edição de 1/4/2018

PSF Marechal Rondon – Na espera há 5 anos

Faz quase cinco anos que a comunidade aguarda a conclusão da obra do novo PSF e, até agora, ainda não se sabe quando a estrutura será inaugurada. Em 2016 a construtora MXM solicitou o cancelamento do contrato. O Município informou que um novo processo licitatório do PSF chegou a ser aberto em outubro de 2017, mas não houve empresa interessada. O Município voltou a anunciar uma nova licitação, mas no último dia 24 foi revogada. Agora disse que a obra está passando novamente pelo processo licitatório, sem fornecer prazos.

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