1- SENHORAS E SENHORES,
a semana terminou sem as tais respostas do Prefeito José Carlos do Pátio (PSB) sobre o requerimento protocolado há mais de três semanas pela Mesa Diretora da Câmara Municipal, com algumas perguntas capciosas, entre as quais se a sua administração não estaria cometendo as famosas “pedaladas fiscais”. Também pouco ou nada se ouviu falar, lá pelos lados da Câmara, sobre o pedido de abertura de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), com o intuito de apurar responsabilidades pelo bloqueio do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) do município, que durou quase dois meses e engessou a administração do Zé.
SEM FALAR
ainda no pedido que o presidente da Casa de Leis, Júnior Mendonça (PT), fez em meados de abril para a sua Procuradoria dar com urgência uma parecer sobre as denúncias protocoladas pela Santa Casa de Rondonópolis, acusando a Prefeitura de reter recursos federais que deveriam ser repassados a ele, bem como a ausência de contratualização com o município para prestar atendimentos desde junho do ano passado.
TAIS “SILÊNCIOS”
fizeram surgir comentários entres palpiteiros políticos desta terra de Rondon que chamaram atenção desta Coluna para uma possível mudança de curso na relação entre os poderes legislativo e executivo, com o presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Mendonça (PT), recuando da linha de ação adotada desde o início de sua gestão para fazer do poder legislativo municipal um poder mais independente, deixando para trás os tristes tempos de “Puxadinho do Executivo”.
NO ENTANTO, DOIS
acontecimentos esta semana deram a entender que o presidente Júnior Mendonça, juntamente com a sua mesa diretora, segue firme no propósito de fazer a Câmara Municipal ser respeitada pelo chefe do executivo municipal, exercendo assim o seu papel de poder independente e representativo dos interesses diversos da coletividade. Algo que é essencial e salutar para a democracia.
À PORTAS FECHADAS,
assim foi realizada, por ordem do presidente Júnior Mendonça, pela primeira vez, sem acesso da imprensa e de qualquer outra pessoa que não os vereadores, a Ordem do Dia, onde são discutidos os projetos que entrarm na pauta de votação na sessão ordinária realizada às quartas-feiras.
Mais do que isso, a entrada do gestor do Gabinete de Segurança Pública (Gasp), Valdemir Castilho, o Biliu, que é o responsável por fazer a interlocução entre o executivo e os vereadores, foi vetada.
Não só a dele, como também de todos os secretários da gestão que foram até à Câmara com o intuito de pressionar que projetos do executivo, muitos deles em regime de urgência, fossem para a pauta de votação.
Depois de um chá de cadeira nos secretários de Pátio, o petista os recebeu na sala da presidência. Pelo o que a Coluna ouviu, alguns recados duros foram dados para o Zé e que as mensagens do executivo seguirão de acordo com a urgência e a necessidade, não como deseja o prefeito.
2_ POR FALAR
em secretários do Zé, os rumores seguem no sentido de haver uma debandada pelos lados do Palácio da Cidadania, onde muitos estariam insatisfeitos com o tratamento dado pelo prefeito e a falta de autonomia para trabalhar.
Demissionária do cargo há algum tempo, a secretária de Saúde, Izalba Albuquerque, anunciou que deixa o cargo no final do mês. No entanto, embora continue dizendo publicamente que a decisão está tomada, fontes da Coluna disseram que há quem circula pela cozinha da Casa do Zé afirmando que ela vai continuar na pasta.
Já o mesmo não pode se dizer da secretária de Promoção e Assistência Social, Fabiana Perez. Outra demissionária, que chegou a receber uma visita do fiel escudeiro de Pátio, Paulo José, diretor Geral do Sanear, no sentido de demovê-la da ideia de abandonar o barco, o que não teria surtido efeito, pois ela estaria irredutível, saindo no final deste mês da gestão.
OUTRO QUE
está decidido a deixar a gestão de Pátio é o presidente da Coder, Marcus Vinicius Neves. Até então um dos queridinhos do prefeito, apontado como um dos nomes que ele quer ver disputando a Câmara, parece ter se cansado do jeito de Pátio administrar.
Insatisfeito com promessas não cumpridas nos poucos meses em que está à frente da Coder, fontes revelaram a esta Coluna de que ele vai deixar a direção da Companhia, que tornou-se agora uma empresa pública. Inclusive, uma fonte cravou, que saída dele é um caminho sem volta. Vamos aguardar!
3_ A TAL DEBANDADA
não estaria restrita aos secretários. Vereadores aliados históricos do prefeito não devem seguir o projeto político traçado por Pátio daqui para frente.
Um exemplo disso é o vereador Batista (SD) que, segundo rumores, estaria se aproximando do deputado Thiago Silva, pré-candidato a prefeito pelo MDB.
Outro que também estaria se aproximando do emedebista é o vereador Ozéas Reis (PP), que esta semana esteve numa ação ao lado de Silva.
A Coluna também ouviu que outros vereadores eleitos no palanque de Pátio em 2020 também estariam rumando para os lados do deputado que vem liderando pesquisas internas da corrida pelo Palácio da Cidadania. São casos do atual secretário de Agricultura, Adilson do Naboreiro (SD), e o vereador dr. Jonas Rodrigues (SD). Aliás, este último estaria balançando entre ir para o MDB ou para PL, que ventila a possibilidade de ter candidato próprio a prefeito.
Em meio a estas especulações, fica a pergunta: qual será o destino dos outros vereadores do SD, antigo partido do Zé? Roni Magnani, por exemplo, seguiu o prefeito na migração para o PSB. No entanto, não é segredo para ninguém que ele busca outro projeto, diferente do que Pátio vem tentando costurar.
A incógnita é o seu atual líder no Executivo, o vereador Reginaldo Santos (SD). A Coluna ouviu que, embora a tendência hoje seja de seguir o grupo do prefeito, ventila-se também que ele teria recebido um convite do PV, que hoje faz parte da Federação junto com o PT e PCdoB.
Embora há quem defenda de que o agrupamento embarque logo no apoio de Paulo José, há quem também tenta outras possibilidades, como o lançamento de uma outra candidatura, como já anunciou que pretende fazer o PT.
CONFORME A COLUNA
comentou na semana passada, tem o grupo que pretende costurar uma candidatura aglutinadora da direita do município, que nas últimas eleições despejou em massa votos no ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje a maior liderança do PL no País.
Com uma candidatura única da direita, o cálculo que fazem é que minariam assim as chances do candidato lançado pelo Zé, o Paulo José, que vem fazendo um grande esforço para se tornar conhecido do eleitorado rondonopolitano, inclusive esta semana apareceu na TV, na propaganda política do PSB, falando sobre os feitos do seu chefe e tentando carimbar a sua imagem junto a dele.
JÁ A REUNIÃO
do PL que se chegou a falar nos bastidores que ocorreria esta semana que passou no sentido de costurar uma candidatura única da direita, inclusive com a presença do senador Wellington Fagundes, a Coluna não confirmou se houve mesmo.
Por outro lado, esta Coluna volta a comentar que é certo que o senador Wellington, que preside a sigla no Estado e sonha a concorrer em 2026 ao governo do Estado, com o apoio do atual governador Mauro Mendes (UB), considera que vencer as eleições municipais do ano que vem nos principais colégios eleitorais do Estado é fundamental para viabilizar o seu nome para o Paiaguás.
Por isso, ele deve trabalhar para que a sigla volte a ter protagonismo na eleição municipal, tendo candidatura própria a prefeito e uma chapa forte de candidatos à Câmara Municipal.
Nesse sentido, especulou-se fortemente nos bastidores de que o PL poderia receber a filiação do ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicanos), que vem se movimentando no sentido de viabilizar o seu nome e construir o consenso dentro do campo da direita para voltar a sentar na cadeira mais importante do Palácio da Cidadania.
No entanto, Sachetti, publicamente, refutou esta possibilidade e já adiantou que não deve deixar a sua sigla atual. Portanto, caso viabilize sua candidatura a prefeito no ano que vem, será pelo Republicanos.
E CHEGA DE PAPO
por hoje. Até a próxima semana com mais movimentações da política local!
