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, 19 maio 2024
 
 

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Rogério Salles: “O ex-governador poderá ser candidato a vereador, para ser puxador de votos para o PSDB...”

1- TUDO INDICA QUE
o dia de hoje será decisivo para o projeto do prefeito Ananias Filho, que tenta emplacar o nome para disputar a reeleição. O motivo é que o Fórum Suprapartidário, grupo político em que o PR e o PMDB estão inseridos, vai fazer uma leitura de uma pesquisa qualitativa que foi encomendada pelo grupo e está sendo realizado por um instituto de Belo Horizonte.
A pesquisa, de acordo com as regras internas do Fórum Suprapartidário, vai definir o candidato que terá o apoio do grupo.
O que chama atenção é que se a pesquisa apontar para o perfil de Ananias, ele poderá até ter o apoio do PMDB, mas vai receber a sigla comandada pelo cacique Carlos Bezerra totalmente dividida. Está claro para todos que o PMDB somente vai marchar unido nas eleições de outubro em uma única condição, ou seja, caso lance candidato próprio; de outro modo o partido não vai conseguir marchar coeso.
Na hipótese de Ananias ter o apoio do PMDB, ele deve levar consigo, além do nome do partido, o tempo de tevê e apenas a militância ligada aos vereadores dr. Manoel da Silva Neto, Lourisvaldo Manoel de Oliveira (o Fulô), Milton Gomes da Costa e Adonias Fernandes, já o restante do partido deve ir com mala e cuia com o grupo de Percival Muniz (PPS), que será o principal adversário de Ananias.
Para completar, e ter a garantia do apoio do doutor Manoel, de forma definitiva, Ananias terá que trabalhar para manter a jornalista Valéria Bevilacqua como sua vice.
NÃO SE PODE IGNORAR
que o PMDB tem peso nas eleições em Rondonópolis e mesmo dividido é um apoio que não se pode dispensar de forma alguma. O PMDB não esconde de ninguém que também conversou com o PPS, no caso o deputado federal Carlos Bezerra esteve na semana passada conversando horas e horas com Percival Muniz. E caso o partido resolva ir para a base de apoio do deputado do PPS, vai também dividido, pois o prefeito Ananias tem ao seu lado os vereadores que não aceitarão neste momento ir para o grupo de Percival.
A Coluna conversou com o vereador Fulô, por exemplo, que apesar de ter uma indisfarçável simpatia por Percival, vai bater o pé para ficar com Ananias. “Prefiro até mesmo, neste momento, perder com Ananias”, reconheceu o vereador.
Porém, em meio a essa espera pelo PMDB, há também o fator Zé do Pátio. O ex-prefeito deve liberar o seu grupo para as eleições, mas Pátio, pessoalmente, vai trabalhar por Ananias, mesmo o atual prefeito tendo excluído alguns “patistas” da sua gestão, como o caso do primo de Pátio, Humberto de Campos, e a esposa do ex-prefeito, Neuma de Moraes.  Pátio e Ananias estão próximos, apesar de terem adotados estilos diferentes de governar, tanto é verdade que os dois conversaram na semana passada durante horas na capital do Estado.
Pátio, ao que tudo indica, vai subir em palanques e pedir votos nas eleições de outubro e não podemos de forma alguma ignorar a densidade eleitoral do ex-prefeito, e sabemos que ele consegue em muitos casos transferir votos, como foi o que ocorreu com o vereador Manoel da Silva Neto, quando foi candidato a deputado estadual com apoio de Pátio nas eleições de 2010. O vereador foi o terceiro mais votado de Rondonópolis, ficando atrás de Percival Muniz e Jota Barreto.
E NÃO SERÁ DE SE ESTRANHAR
o ex-prefeito acabar com o seu autoexilio, que vive na capital, justamente no próximo sábado,30, data em que todos os partidos de Rondonópolis marcaram as suas respectivas convenções. Pátio confirmou que estará na cidade onde será padrinho de casamento de uma ex-assessora, mas dependendo do que acontecer não é de se duvidar que ele apareça em algumas das convenções partidárias.
O ex-prefeito confessou aos mais próximos que não tem neste momento a mínima pretensão de voltar ao poder e que vai trabalhar exclusivamente para reverter o quadro de inegibilidade por 8 anos, provocado pela cassação. Pátio teria dito a um assessor que neste momento se chegar a reverter a cassação ele, inclusive, poderá renunciar ao cargo.
A vontade de voltar a se tornar elegível é explicada em razão de que o ex-prefeito quer voltar à cena política em 2014 e disputar novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa.

2- EM MEIO AO MOMENTO
que Zé do Pátio vive é preciso também lembrar que, aos poucos, o ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles vai perdendo força no projeto de ser candidato a prefeito. Às vésperas da convenção, o nome de Salles já não apresenta a mesma envergadura entre os tucanos, apesar da Coluna entender que o ex-governador é um nome viabilíssimo para prefeito. Ele deve se aliar ao projeto de Percival Muniz ou até mesmo de Ananias Filho. Essa questão, no entanto, deverá ser definida até quarta-feira.
A Coluna conversou sexta-feira, 22, com o presidente municipal do PSDB, o ex-procurador geral do município, Efrain Alves, que deu uma declaração surpreendente. Efrain, apesar de defender a candidatura de Salles a prefeito, deixou claro que o PSDB não descarta lança-lo a vereador no pleito de outubro. Salles seria o puxador de votos do partido. A Coluna entende que seria uma faca de dois gumes a possibilidade de Salles buscar uma vaga na Câmara de Vereadores. Primeiro, pelo nome na história política que tem Salles, ele seria obrigado a ser o mais votado de Rondonópolis; e caso houvesse um resultado diferente desse, ele teria um desgaste político desnecessário. Eu acredito que ser vereador não está nos planos de Rogério e ele somente aceitaria isso em uma última hipótese para cumprir uma missão partidária.
A COLUNA FOI TESTEMUNHA
de um relato em que o ex-governador teria sido convidado para ser vice de Percival. Salles teria dito que a cota dele de ser vice chegou ao fim. Outro nome que teria sido indicado é o irmão de Salles, o também empresário Álvaro Salles, e o posicionamento foi o mesmo.
Independente de que lado ficar o PSDB, não se pode negar de forma alguma que em termos de eleições municipais o partido tem peso. A sigla ajudou eleger Sachetti em 2004 e foi peça preponderante para a eleição de Zé do Pátio em 2008, portanto, quem tiver o PSDB no palanque, e se for mantida essa sina, pode conquistar a prefeitura.

3- POR FALAR EM VICE
e pelo andar da carruagem, o nome mais perto de ser indicado para compor a chapa de Percival neste momento é o do vereador Mohamed Zaher. Na quarta-feira, quando ambos se encontraram com o presidente da Assembleia, José Riva, ficou claro que detalhes separam Mohamed de ser vice de Percival. O nome de Mohamed pode, no entanto, causar ciumeira no PDT, que deste o inicio tem articulado para indicar o vice de Percival e pelo que tudo indica vai ficar a ver navios.
Zaher, na visão da Coluna, é um bom vice, mas não seria o predileto de Percival. O atual deputado estadual sempre admitiu aos mais próximos que sonhava em ver o presidente da Câmara de Vereadores, Hélio Pichioni, como o seu vice, em razão de ser um político maleável e que iria evitar conflitos. Porém, como o Pichioni está no grupo de Ananias, restou a Muniz buscar pessoas dentro do seu arco de alianças.
Apesar de Zaher e Percival estarem em entendimentos adiantados, nada impede que no sábado que vem outro nome que nem foi citado nos bastidores apareça como o vice da chapa. Pois, nesta reta final, tudo pode acontecer e as definições ficam geralmente para os 44 minutos do segundo tempo.

4- JÁ IA ME ESQUECENDO,
faz uma semana que eu não durmo mais direito, pois todos os dias, sempre na madrugada, o Homenzinho de São Paulo, com o seu celular sem limites de créditos, fica ligando e me perguntando se eu já havia começado a investigar a questão dos recursos do setor de Comunicação do ex-prefeito Zé Carlos do Pátio, e eu tenho que responder que, por absoluta falta de tempo, ainda não apurei a questão, mas garanto ao Homenzinho e aos leitores que irei fazer isso. O Homenzinho, aos berros me contou na madrugada de sexta-feira, 22, uma nova história, que eu me recuso acreditar, principalmente no mundo moderno como é o atual que vivemos. Ele me disse que tem partido, que antes mesmo das eleições já está negociando o comando da Coder, do Sanear e da Habitação, para anunciar uma simples coligação. Quando perguntei o nome do partido que está fazendo isso, ele ironicamente disse: “Você recebe seu salário para descobrir essas coisas, então vai lá e descubra, pois se fosse ao contrário eu já teria descoberto e dado todos os nomes aos bois”. Depois dessa me resta correr o trecho e tentar esclarecer mais essa história.

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