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, 28 maio 2024
 
 

Papo Político

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Wellington Fagundes: “Seria o novo candidato do PR nas eleições indiretas, com a cassação de Pátio, para depois disputar uma reeleição em outubro...”

1- A SITUAÇÃO DO PREFEITO
Zé Carlos do Pátio (PMDB), que vive uma angustia que parece não ter fim em razão do julgamento que deve ocorrer terça-feira no Tribunal Regional Eleitoral, é o principal assunto nas conversas das rodas políticas em Rondonópolis. Como todos sabem e foi amplamente divulgado pelo A TRIBUNA, Pátio está correndo sério risco de ser cassado, pois cinco dos seis membros do TRE votaram por acatar o recurso do Ministério Público Eleitoral que pede a cassação do prefeito. Resta apenas um voto, que ainda não foi dado pelo membro do Tribunal, Samuel Dália Júnior, que pediu vistas, para concluir esse processo contra Pátio. Toda a cidade de Rondonópolis é sabedora que mesmo que ele vote contra o recurso do MPE, e se pelo menos dois dos cinco membros do TRE, que já votaram, não mudarem os seus votos, Pátio estará cassado.
Neste momento, em que o prefeito está prestes a deixar o cargo e correndo ainda sério risco de ficar inelegível por 8 anos, portanto impedido de disputar as eleições de outubro, os grupos políticos começam a analisar a conjectura com Pátio fora do processo e com quem vai ficar agora o poder sem o prefeito.
O PARTIDO DA REPÚBLICA,
que deve ficar no poder por 30 dias, com o presidente da Câmara, Ananias Filho, pode ser a mola mestra no processo eleitoral. Um exemplo já está ocorrendo nos bastidores do PPS, onde o ex-prefeito Percival Muniz se prepara para entrar no pleito de outubro. Muniz confessou a um correligionário ligadíssimo a ele, que gostaria de ter o vice-presidente da Câmara, Hélio Pichioni (PR)como seu possível vice. Muniz teria dito que Pichioni seria um político onde ele poderia deixar o cargo quantas vezes quiser e o vereador não lhe daria trabalho. “O Helinho é muito fiel a mim, seria o vice que não me daria dor de cabeça”, teria dito Percival. O ex-prefeito se refere a Pichioni como Helinho, tamanha a intimidade que tem com o vice-presidente da Câmara.
Mas com essa mudança de rumo e diante da possibilidade de Ananias assumir a Prefeitura e o PR crescer dentro do projeto de candidatura própria, Muniz já teria desistido de contar com Helinho em seu palanque. Muniz estaria nos últimos dias pensativo e reavaliando quem seria o seu companheiro de palanque.
No entanto, o próprio Ananias Filho vive uma verdadeira encruzilhada, pois sabe muito bem que o fato de ficar 30 dias no poder não vai lhe dar garantias que poderá ter sucesso nas eleições indiretas que serão promovidas depois de 30 dias, caso Pátio seja cassado. Um dos problemas é que o comando da prefeitura poderá ser costurado pelo PR e que poderá até mesmo definir por um nome diferente de Filho, deixando o presidente da Câmara a ver navios.
Uma fonte da coluna chegou a dizer que o deputado federal Wellington Fagundes, com o intuito de ser prefeito nas eleições de outubro, iria articular para ser o candidato nas eleições indiretas.
A coluna acredita que isso, na realidade, é uma grande besteira. Pois seria mais um erro de Fagundes disputar as eleições indiretas, em razão de ter que renunciar o atual mandado de deputado federal, caso seja eleito prefeito para ficar oito meses no poder. Seria mais negócio o deputado aguardar até outubro e disputar as eleições no voto popular e trabalhar para vencer e ai sim podendo renunciar ao cargo de deputado para governar Rondonópolis por quatro anos, com direito à reeleição em 2016.
Porém, trata-se de uma decisão do ponto de vista partidário arriscada ao extremo para Fagundes, pois se resolver ser candidato neste momento, o próprio Ananias Filho e os outros pré-candidatos do PR, o deputado estadual Nininho e o também deputado Sebastião Machado Rezende, poderão se sentir desprestigiados.
Nininho, inclusive, está chateado com a indefinição do PR e tem nos bastidores reclamado dessa demora do partido. O deputado estadual tem como trunfo principal a garantia de apoio do senador Blairo Maggi e tem confessado aos mais próximos que está sendo deixado para trás pelos demais líderes da sigla.

SE ESSA SITUAÇÃO DE PÁTIO
está influenciando no PR, não deve ser diferente dentro da estrutura do PMDB. A coluna nesta semana presenciou um filiado do partido pressionando de forma veemente o vereador Adonias Fernandes para que a sigla apresente candidato nas eleições indiretas. Uma ala do PMDB, ligada ao prefeito, vê como um risco a sigla não apresentar nomes no processo de eleição indireta e aponta essa como a única saída para o partido permanecer no poder.
O problema é que nenhum dos quatro vereadores do partido está articulado a ponto de disputar esse processo. E desta forma dificilmente o partido terá condições de saciar o desejo dessa ala.
Para piorar mais a situação, alguns peemedebistas que são pré-candidatos a vereador, ameaçam abrir mão de disputar, caso o partido esteja fora do poder, e dessa forma enfraquecendo a chapa de partido e colocando o PMDB em situação desconfortável na disputa de outubro. O grupo vê como mais difícil a conquista de mais vagas na Câmara com o partido fora do poder.
Porém é preciso levar em consideração que com Pátio fora da disputa fica um grande espólio eleitoral. Pois, ao contrário de que a oposição costuma dizer, o prefeito é um dos poucos políticos de Mato Grosso que tem votos pessoais e esse número de eleitores que em qualquer situação vota em Pátio, não é pequeno. Portanto, caso Pátio fique inelegível, fora do poder, mesmo assim ele será assediado por grupos políticos em Rondonópolis, onde todos estarão de olho nos votos pessoais dele em Rondonópolis.
NA VERDADE,
o prefeito apesar de estar em baixa junto à uma parcela da população, não é um nome fraco. Pátio caso reverta a situação na Justiça Eleitoral, continuará sendo um nome muito viável em qualquer disputa. Portanto, quem acha que o prefeito, mesmo sem mandato, vai perder poder político, está enganado. Pátio durante muitos anos será lembrado pelo seu grupo de fiéis eleitores e dependendo da situação, se ele for cassado, poderá até mesmo virar uma espécie de mártir em Rondonópolis e os erros e as falhas da administração poderão até ficar esquecidos, em segundo plano no inconsciente dessa faixa da população.
Pátio, neste momento de angústia, tem recebido manifestações de apoio de todos os setores da sociedade, inclusive de adversários, todos preocupados com o destino de Rondonópolis, que não poderá passar por momentos de instabilidade administrativa. Pois Pátio, como já disse, vai recorrer até a última estância e isso pode aumentar ainda mais a indefinição, e correremos o risco de ver Pátio sair do poder e depois retornar por meio de liminares, tornando a cadeira de prefeito algo rotativo nos próximos meses, algo que realmente não é bom para a cidade, e que vem ocorrendo em Várzea Grande, entre Murilo Domingos e o seu vice Sebastião da Zael.
EM MEIO A ESSA QUESTÃO,
o prefeito Zé do Pátio tem buscado apoio na religião, e na noite de sexta-feira, 30, esteve presente à missa de “Cura e Libertação” do padre João Paulo Noli – que tradicionalmente reúne cerca de 6 mil fiéis, todas as últimas sextas-feiras dos meses, na paróquia São José Esposo, em Vila Operária -; ontem, sábado, estava programado para assistir a missa com o padre Lothar, e neste domingo ele marcará presença em um dos mais movimentados cultos evangélicos de Rondonópolis. O prefeito, que não é devoto de Santo Expedito, tem demonstrado muita fé e está apelando para todos os santos para reverter esse quadro.

2- PARA ENCERRAR A COLUNA HOJE,
é bom lembrar que o Partido dos Trabalhadores (PT) deve definir nesta manhã de domingo, entre o ex-vereador José Ferreira Lemos Neto, o Juca Lemos, e o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Fernando Roberto, quem será o pré-candidato do partido nas eleições de outubro.
A coluna vê como válida a iniciativa do PT em ter candidato próprio, mas entende que tanto Juca como Fernando Roberto terão que trabalhar e gastar muita sola de sapato para ter a densidade eleitoral para disputar a prefeitura de Rondonópolis contra candidatos fortíssimos, como o  ex-prefeito Percival e o ex-governador Rogério Salles, entre outros.

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