A discussão pela antecipação da eleição da nova Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores ainda está só no início. No último episódio do caso, o vereador Cido Silva (PP) abandonou o chamado grupo dos 12 alegando necessitar de apoio à candidatura para deputado estadual. A antecipação contraria a atual mesa e o chefe do Executivo municipal Percival Muniz (PPS), que certamente garantirá suporte ao candidato desertor. O primeiro projeto, em regime de urgência, perdeu o prazo e há uma semana um novo documento foi protocolado na Casa em forma regimental.
Na sessão ordinária da Casa de Leis ocorrida ontem, dia 16, a proposta, enfim, foi incluída na pauta do dia e lida. Vereadores que desde o início da discussão se mantiveram imparciais agora podem escolher lado. Pelo grupo que defende a antecipação, formado pelos vereadores Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô (PMDB), Adonias Fernandes (PMDB), Manoel da Silva Neto (PMDB), Cláudio da Farmácia (PMDB), Thiago Silva (PMDB), Roni Magnani (PP), Denílson “Dico” de Oliveira (Pros), Marcelo Marques (Pros), Mauro Campos (PT), Olímpio Alvis (PR) e Hélio Roberto Pichionni (PR), acredita-se que novos nomes possam aderir. Os pedetistas Aristóteles Cadidé e Jailton do Pesque Pague foram cotados por vereadores já dentro do bloco. Do lado dos contra, se mantém, até o momento, a minoria da Casa.
Roni Magnani (PP) continua respondendo juridicamente pelo projeto e evita falar em embate do partido após o abandono de seu companheiro de sigla. “Somos maioria absoluta e continuamos conversando com os demais vereadores. Hoje, há mais parlamentares que entendem a importância da antecipação, para garantir a autonomia nos trabalhos da Casa de Leis. Nosso diálogo segue aberto com todos os partidos”, diz.
Há uma semana, o clima esquentou na Câmara de Vereadores. O bloco que defende a antecipação, já sem Cido Silva, acusou o chefe do executivo Percival Muniz (PPS) de estar fazendo barganha, ofertando apoio aos que hoje são candidatos em troca de desarticulação e anulação do projeto. A influência, segundo afirmam, se estenderia por meio do grupo instalado sob seu aval no Legislativo municipal. Os vereadores Ibrahim Zaher (PSD) e Rodrigo da Zaeli, membros da atual mesa diretora, e o vereador Reginaldo Santos (PPS) são os principais alvos das críticas lançadas.
Uma vez incluído na pauta da Sessão Ordinária, o projeto aguarda duas votações, previstas para ocorrer uma a cada próxima semana, para a aprovação. Neste período, ainda, a proposta passará pelo crivo das Comissões do Legislativo. Somente após estes 15 dias, a discussão deverá ser finalizada.
DE ÚLTIMA HORA
Fontes ligadas ao Legislativo anteciparam ao A TRIBUNA que os onze vereadores foram convocados pelo prefeito Percival Muniz para uma reunião. O local e os demais assuntos tratados não foram revelados.
